28 de abril de 2010

Em Breve: Freedom City traduzido

Pulando diametralmente dos assuntos do blog, gostaria de fazer uma prévia da tradução em que estou trabalhando no momento.

Em primeiro lugar, vale esclarecer que a Jambô tem feito um excelente trabalho com a linha de Mutantes & Malfeitores aqui no Brasil. De modo algum esta tradução visa atrapalhar ou prejudicar esta linha excelente que tem tido uma produção e acompanhamento profissional não menos digno em solo nacional.

Assim como todo livro da franquia M&M, Freedom City é escrito de maneira muito gostosa de se ler, e não dá idéias prontas. Apenas estruturas para vc ter suas próprias idéias. Enquanto um livro de cenário, basicamente, Freedom City consegue o quase impossível equilíbrio no detalhamento de seus NPCs. Eles são interessantes, com uma complexidade razoável, mas não correm o risco de roubarem a cena dos jogadores.

Bom, isso tudo é muito bom, mas, falando sério, o que pode ser encontrado em Freedom City? Em primeiro lugar, para real apreciação/compreensão/digestão do objeto artístico que é o livro, algumas coisas precisam ser ditas. Antes de mais nada, se você não gosta de maneira alguma dos super-heróis americanos, com suas cuecas por cima das calças, uniformes espalhafatosos, censo de justiça bizarro ou gel excessivo no cabelo, bom... Fique longe de Freedom City e de M&M de maneira geral. O sistema pode ser genérico, mas (felizmente) M&M jamais esqueceu suas origens como "O Maior RPG de super-heróis do Mundo!".

Em segundo lugar, Freedom City visa ser um cenário genérico dentro da diversidade de sub-gêneros ao qual seu gênero maior propõe. Ou seja, ambientar uma aventura de super-heróis. Seja nas idílicas Eras de Prata ou Ouro, ou nas tensas e moralmente dúbias Eras de Ferro e Bronze, há instrumentos para colocar seus personagens nessas respectivas influências, tudo na mesma cidade. A história de Freedom City se confunde (propositalmente) com a história dos quadrinhos americanos, mostrando personagens com influências que se adequam ao que cada época considera herói e vilão. Além disso, ele também se preocupa em fornecer itens para ajudar personagens de diferentes fontes. Afinal de contas, numa metrópole do tamanho de Freedom, não é de estranhar que haja o Instituto Albright de pesquisa científica, a loja de livros usados (que esporadicamente tropeça num grimório arcano) História Sem Fim, ou até mesmo assombrações nos becos escuros do bairro Lantern Hill.

Outro ponto forte no livro é o seu grau de detalhe da cidade. Praticamente não há informação (relevante) que tenha fugido do livro. Seus maiores estabelecimentos, forças militares, pessoas influentes, e até mesmo atividades criminais e drogas (fictíceas) são abordadas. Em alguns pontos do livro, aparecem ilustrações de comerciais dessas empresas. Tudo muito criativo, bonito e organizado.

Os fã(náticos) de quadrinhos americanos também notarão várias homenagens que o livro presta. Seu autor é muito bem versado nos grandes personagens (fictíceos e reais) que formaram a história da "nona arte", e de um jeito ou de outro, muita gente boa está lá. Seja na rua Dikto (de Steve Dikto, desenhista clássico da Casa dos Mistérios e também idealizador do uniforme do Homem-Aranha), no Museu de Belas Artes Kirby (de Jack Kirby, célebre criador de heróis) e muitos outros. Óbvio que falar deles seria um spoiler do caramba e portanto, os previews ficam por aqui.

De modo geral, o Freedom-verso reúne tudo aquilo que DC e Marvel têm de melhor num excelente livro de RPG, e que até agora, é o melhor livro de cenário que já li.

Novidades devem estar chegando sobre Freedom City em algumas semanas.

Um comentário :

  1. M&M, como um todo é realmente interessante, o que me chama a atençao realmente é a grande pesquisa que fizeram pra fundamentar todo o sistema .
    E isso é possivel ver em Freedon city onde os herois habitam e os grandes nomes dos quadrinhos sao homenagiados.

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