25 de fevereiro de 2011

Scion: Idéia de Personagem Antagonista: Elias Monsanto



O trabalho de desintoxicação de L5R neste blog continua fervendo, e continuando com a seção de "idéias legais que provavelmente nunca vou usar", desta vez apresento um personagem antagonista aos personagens. Sempre achei bem legal a idéia da Ordem da Glória Divina, mas sempre achei eles recuados demais. Tá, essa é uma das graças dele no jogo, mas sempre quis ver um verdadeiro "soldado de Deus" contra os filhos dos mais diferentes Deuses. Bom, obviamente que a implementação da idéia tinha muitas arestas para aparar, mas acho que consegui resolver todos os problemas. Bom, sem mais delongas, com vocês, o primeiro soldado de vanguarda da Ordem da Glória Divina: Elias Monsanto.


Elias é definitivamente um caso em um milhão. Uma sobreposição de coincidências que o colocou onde está e o tornou o que é hoje. Mas, para entender toda a situação, para variar, a história deve ser contada do começo.

Elias nasceu como o típico bravo e destemido Heréu de Ares. Se alistou assim que possível no exército italiano e conseguiu notáveis destaques até integrar as forças internacionais especiais da OTAN. Lá, ele se tornou um combatente obstinado, inteligente e mortal. Seus talentos sobrenaturais, mesmo que inconscientemente, lhe davam uma vantagem óbvia aos seus companheiros, mas isso nunca foi problema para o soldado de aço que Elias se tornava. Melhor ainda para seus superiores, Elias não se preocupava com trivialidades como uma vida fora do exército, formar uma família ou arrumar um emprego que não fosse sua carreira militar. Apenas quando se sagrou major por puro mérito em combate contra forças terroristas, ele recebeu a visita de seu pai. E o papel de Elias nas "Guerras Mundiais" se tornou maior ainda. Porém, foi aí que as coisas começaram a se complicar mais. Os objetivos dos Deuses começaram a divergir com os objetivos de seus superiores, mas ele sempre preferiu exterminar as crias de Titãs e livrar o mundo dos males maiores. Mas foi essa mesma nobreza de caráter que fez com que o exército o demitisse por repetidas intransigências e contestação de autoridade superior.

Elias no comando de seu pelotão.
Por alguma infeliz coincidência, algum "colega" de serviço de Elias, por sinal, invejoso de sua ascensão rápida e capacidades físicas quase impossíveis, foi parar no serviço burocrático do exército. Ele parece não ter medido esforços para encontrar buracos na legislação para que a demissão de Elias fosse desprovida de qualquer benefício. Por mais que fossem garantidos em lei, parecia que algo havia dado errado do sistema, e todo vínculo de Elias para com o exército deixou de existir. Era como se sua vida fosse totalmente destruída. Arrancado de seu lar, desprovido de propósito, num mundo civil onde nada parecia fazer sentido para ele. Elias vagou pelas ruas de Roma tropeçando entre bares e tentando realizar nos mais diversos bandos algum gesto com uma mínima grandeza do exército que integrara. Sem sucesso. Nem todo Heréu é um soldado, afinal.


Não demorou muito para que seu alcoolismo atingisse proporções preocupantes. Sua família humana teve que intervir, e logo Elias estava freqüentando as reuniões dos Alcoólicos Anônimos nos fundos de uma catedral. Intrigado pela história do militar, um padre fez a ele a pergunta que mudaria sua vida: "Você sente falta de fazer a diferença num exército? Quer realmente entrar numa guerra por algo que valha a pena?".

Algo na alma de Elias reluziu. Era como se de repente se sentisse vivo de novo. Curioso, ele aceitou saber mais sobre a proposta do Padre Franco. Franco disse a Elias que fazia parte de uma ordem secreta dentro do Vaticano, destinada a reunir talentos únicos como os dele para lutarem pela Santa Igreja e sua causa. "O tempo presente é mau," dizia o padre, "e não se pode mais lutar contra os males deste século apenas com boa vontade, filantropia e orações. Algo mais ativo deveria deter o mal." Franco revelou a Elias que a visão que tivera com o deus da guerra não seria nada menos do que o próprio arcanjo Gabriel, em uma de suas várias faces. Elias teria falhado no teste de fé em que foi posto, desanimando do bom combate rapidamente e não procurando o serviço do Senhor dos Exércitos. Mas ele teria uma segunda chance. Como prova de que ele era um dos escolhidos de Deus, Franco pareceu ter adivinhado que Elias recebera como Relíquia uma espada longa que podia emanar chamas celestes capazes de destruir o mal ao simples toque.

Elias então acabara de entrar numa epifania fanática que perdura até hoje. Ele deixou de ser um soldado de um entre vários deuses para ser um general do Único Deus. Era como se tudo na sua vida cooperasse para aquele propósito: revelar aos outros como ele que não havia vários Deuses, e sim só um Deus com várias faces. E que estavam lutando do lado errado, por isso nunca obtinham resultados que realmente mudassem o panorama da guerra contra os Titãs. Caso continuassem falhando em aceitar isso, eles deveriam ser considerados hereges e possíveis colaboradores inconscientes das forças inimigas. Neste caso, matá-los para libertá-los de vez do jugo demoníaco seria misericordioso. Como prova de sua razão, a mente de Elias usa o fato de até agora estar invicto nesta sua nova cruzada inquisidora.

A Ordem da Glória Divina considera Elias um recurso valiosíssimo. Nunca um Heréu dos deuses foi tão profundamente convertido, além do fato de ele ser extremamente eficiente na eliminação dos alvos determinados pelo Círculo Interno. Seja com espada, rifle ou persuasão, Elias é o sonho realizado do soldado de Deus nestes tempos de dificuldade da Igreja.

Elias é um homem culto, estudioso das tradições e línguas antigas da fé cristã (incluindo latim, grego, aramaico e hebraico) e da maioria das formas de monoteísmo. De ombros largos, cabelo comprido castanho com faixas grisalhas bem penteado e amarrado num rabo de cavalo, Elias prefere andar bem alinhado em seu terno preto com a elegância e distinção de um verdadeiro cavaleiro nobre. Seu rosto hoje é cercado por uma vistosa barba castanha, que ele mantém elegantemente aparada. Ele sempre estuda os alvos designados pelo Círculo antes de atacá-los propriamente. O que só faz quando tem absoluta certeza de que não serão de maneira alguma convertidos à causa da Ordem. Por vezes, até mesmo se aproximando desses Heréus. Quando em combate aos seus inimigos "declarados", porém, Elias prefere métodos mais eficazes, como explosivos e tiros de "sniper". Contudo, no caso de alvos em que tais métodos se mostrem inúteis ou pouco usuais, ele preferirá o enfrentamento direto com espada em riste, onde mais ninguém possa interferir. O que também dificulta qualquer associação com a Ordem dentro da Igreja.

Elias Monsanto. "Parado, infiel!"
Elias está sempre pronto para posar como bom cristão, ajudando os pobres, necessitados e oferecendo conselhos espirituais em sua grave e vibrante voz. Sempre sério, contido e refinado, Elias não perde sua classe mesmo nos mais selvagens combates, recitando versículos bíblicos de cór e agindo com a tática e destreza de um soldado com toda a sua experiência adquirida nos campos de batalha.

Para Elias, a Ordem é sua verdadeira família. Ela lhe deu um propósito, lhe cercou de irmãos verdadeiros e uma causa justa para defender. Fanaticamente dedicado aos seus comandantes justos e santos, Elias jamais questiona qualquer comando e interpreta toda e qualquer tentativa de dissuasão como outro teste de fé ou tentação demoníaca. Uma vez estabelecido seu alvo, nada o fará desviar. Nem para a esquerda, nem para a direita.

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