Preview de "Before the Dawn" (caixas), etc...

Devidas saudações a todos!

Em minhas cada vez mais raras escapadas cá pro mundo virtual, vim a topar com algo que me deixou nada menos do que boquiaberto. Antes de falar propriamente do feito, gostaria de ressaltar um pouco o panorama no qual esta fervilhante notícia se instala.

Vivemos num mundo cada vez mais virtual. Isto é um fato. Conversamos, jogamos, namoramos e até mesmo compramos pela Internet. Os mais diversos campos da humanidade foram sem sombra de dúvida gravemente mudados pela cada vez maior presença da rede neles. O RPG não foi diferente, sofrendo bastante com essa virtualização toda, e, embora muitos de nós nem sequer tenhamos parado para pensar, os card games também.

Praticamente as mesmas perguntas feitas aqui são feitas lá. "Para que gastar dinheiro comprando cartas, se um programa me permite jogar de graça?" "Cartas reais são caras (principalmente no Brasil), demoram para vir, ocupam espaço e não raramente apresentam uma relação custo/benefício nada agradável. Então para que gastar uma fortuna em coisas que logo ficariam desatualizadas?".


Sinceramente, esta última notícia que conferi no site da AEG me provocou uma verdadeira epifania sobre essas questões. Não custa lembrar, enquanto todos se perguntavam como sobreviver à pandemia d20 com originalidade, a AEG lançava seu Spycraft desafiando a prata da Wizards (d20 Modern) com considerável sucesso. Quando todos criam que a saída para o mercado RPG estava em imitar D&D ou WoD, a AEG sagrava frutos gloriosos com seus L5R e 7th Sea. Ou seja, estamos falando de uma empresa arrojada e que em poucos momentos de sua história apresentou medo de se jogar no desconhecido e se lascar por isso. É exatamente esta a impressão que me volta à mente quando vejo os previews da nova edição do card de L5R: Before the Dawn ("Antes do Amanhecer"). Aparentemente, o título em nada remete ao Amanhecer do Império, uma série promocional do card game, ilustrando os tempos primevos de Rokugan. BtD visaria então mostrar como está o Império Esmeralda após o tenso (e difícil de engolir) conflito com Kali-Ma e sua "avatar", a Filha de Ébano.

Como eu dizia, a AEG responde todo esse ar de crise com uma ofuscante resposta: Arte. Impossível definir com menos as novas embalagens nas quais virão os decks e boosters (pelo menos foi o que entendi, lendo levianamente e com a mente cansada) desta nova edição. Me parecem bem firmes, duráveis e resistentes, usáveis ainda por anos de intenso conflito com nossas mochilas e mãos desajeitadas. Sinto um leve toque de Stephanie Law nos detalhes dos cantos das caixas; a idéia do logo vazado não foi menos do que genial; o nível de detalhamento dos mons também ficou excelente, e, por fim, todo o produto me faz pensar seriamente em voltar a investir de novo no card. Não estou menos do que profundamente impressionado com o nível de comprometimento que a Sra. Alderac Entertainment Games tem mostrado até agora com o card game.

Se você quiser conferir do que estou falando, clique aqui.

Bom, entre outros detalhes, a situação no trabalho tende a ficar cada vez mais tensa em relação ao consumo de tempo e esforço. Ainda deve demorar alguns meses para que alguma mudança surja. Ou seja, provavelmente teremos um bom tempo de deserto aqui no blog. Contudo, tenho pensado em muitas coisas, tido muitas idéias (das quais uma sonora minoria seria considerada "ajuizadamente viável" para cá), mas espero colocá-las em prática em breve.

Imagine um desses com os temas de seu RPG favorito...
Gostou? Então sugira um projeto!

Entre elas, algo que deixei nos comentários, mas acho que quase ninguém viu: Pretendo montar uma "loja" de MDFs RPGísticos aqui no blog, funcionando em esquema de leilão. Ainda não tenho nada concreto para oferecer, mas tenho estudado seriamente a possibilidade de produzir porta-livros com temáticas mais próximas a D&D e Vampiro: A Máscara, de longe os dois maiores RPGs aqui no Brasil em toda a história. De início, apenas um de cada para ver como o negócio se desenrola. Trabalhar com D&D neste aspecto é mais complicado. A capa do LdJ 3.5 ou 3.0 é bem sem graça, mas fugir dela me levaria, por exemplo, à obra de arte que é a capa de Pathfinder. Acho que desvirtuaria um pouco. Todavia, D&D é cheio de ilustrações legais, embora requeira uma busca mais dedicada do que isso. Mas não vou ser a autoridade cabal nesta questão. Quanto ao de Vampiro, acho o mármore verde de sei lá qual edição muito estético e viável para este tipo de trabalho. Enfim, gostaria de mais sugestões a este respeito antes que mais dinheiro, material, esforço e árvores supostamente inocentes fossem sacrificadas pelo que pode ser em vão.

Ainda preciso escrever qualquer coisa que soe como um regulamento com mais calma, mas a idéia é que os lances sejam feitos por comentário ou chat. O prazo será de provavelmente uma semana ou coisa assim a partir do momento em que o produto for postado aqui no blog. Então, fiquem atentos e aqueçam seus mouses! Os lances obviamente não incluem as despesas de envio, que ainda assim ficarão por conta do comprador. Meio desnecessário dizer, mas, pelo sim, pelo não, elas podem variar bastante dependendo do tamanho do produto ou da distância do endereço final em relação à provinciana Juiz de Fora.

De qualquer forma, tudo isso está sujeito a graves mudanças ao longo do tempo e dos argumentos aqui expostos.