24 de outubro de 2011

L5R 4th: Fictions de "The Great Clans" 4 (Dragão)

Saudações corajosos acompanhantes deste blog!

Hoje, prosseguimos um pouco com a seção das fictions traduzidas do mais recente suplemento de L5R 4ª Edição: The Great Clans, e o clã sobre o qual o texto se destina hoje é nada mais nada menos que o enigmático Clã Dragão.

Enfiado em suas montanhas no norte de Rokugan, o Dragão se dedica à meditação contemplativa em busca do ideal definido por Shinsei como Iluminação. Basicamente, a compreensão dos maiores enigmas do Universo e o máximo entendimento da plenitude da capacidade humana. Tanto seus monges como seus shugenjas e até mesmo cortesãos e guerreiros de certa forma partilham desta jornada.

Ao meu ver, temos uma fiction regular. O Dragão de forma geral sempre ficou com umas fictions muito ruins nas séries que deveriam abranger todos os clãs. Vide Dawn of the Empire, em que o Dragão ficou parecendo ser liderado por um Kami biruta. Parece que nem mesmo a recente indicação ao Trono Imperial ou até mesmo a presença dos ambidestros Mirumoto parece tirar esta tendência...


Uma Carta de Ide Kin, no Ano 1171

Minha irmã,


Escrevo-lhe de Shiro Kitsuki, onde cheguei para assumir meu novo posto como diplomata de nosso clã. Tem sido uma experiência estranha e entusiasmante, e imagino que eu possa descrever adequadamente em meras palavras. É claro que nós dois ouvidos avidamente a histórias dos outros Clãs Maiores, contos da família Kitsu e sua estranha conexão com os ancestrais, de samurais da Fênix e suas estranhas tradições pacifistas, tão diferentes de qualquer outro bushi, até mesmo do Mantis que supostamente controla o próprio mar. Mas confesso que raramente acredito nas histórias sobre o Clã Dragão.


Isto é, até que me coloquei face a face com elas.

Quando cheguei ao vilarejo fora de Shiro Kitsuki, parei por uma breve refeição antes de me apresentar aos portões. A escalada passagem montanhosa acima foi árdua e eu estava faminto. Enquanto eu estava comendo meu macarrão, um argumento surgiu nas ruas entre dois mercadores, algo a ver com o valor de um grupo de itens — não prestei atenção a um assunto indigno. Porém, uma jovem dama Kitsuki gerou inesperado interesse na disputa. Em um minuto, ela chamou os guardas e prendeu um dos mercadores — os guardas aceitaram seu julgamento sem questionar.

Fiquei intrigado pelo seu comportamento e decidi convidá-la para um chá, esperando ganhar alguma impressão dos meus novos anfitriões. Para minha grande surpresa, ela imediatamente percebeu minhas intenções e me perguntou a respeito delas bem abertamente. Assustei-me por tal percepção em alguém tão jovem, mas interessado na diplomacia respondi honestamente — embora haja vários mistérios conectados ao Dragão, todos conhecem a dedicação de sua família Kitsuki em obter a verdade. Ela explicou bem confiantemente que o mercador preso estava mentindo sobre ser o vassalo de um Yasuki. Ela cria que ele era um espião do Escorpião, enviado aqui para criar problema e causar perturbação entre o Caranguejo e o Dragão. Perguntei a ela, da maneira mais polida possível, como ela poderia possivelmente estar certa disso. Ela respondeu com uma imensa e bastante incompreensível discussão das expressões faciais e linguagem corporal do mercador, bem como um pouco de dissertação sobre como suas moedas eram das terras do Escorpião e não do Caranguejo, e até mesmo fez menção do estilo de brocado de seu kimono. De modo geral a discussão como um todo estava bem acima da minha capacidade, embora eu deva confessar que não estava nem um pouco impressionado pela tamanha inteligência e perspicácia em alguém tão jovem. Posso dizer verdadeiramente agora que encontrei o notório Método Kitsuki em ação.

Uma semana após ter chegado, tive permissão de subir às montanhas para prestar meus respeitos aos Mirumoto. Enquanto escalava a estrada pelos picos sinuosos, repentinamente encontrei com um dos Tatuados, de pé no pico pedregoso acima da estrada. Parecia que ele havia aparecido do nada! Não o percebi antes de ele saltar no ar, caindo num mergulho que o levava pela estrada, e para fora de minha visão. Fiquei tão assustado que duvidei de minha sanidade por um momento. Quando finalmente cheguei ao castelo, encontrei outro Tatuado nos portões; reunindo minha coragem, perguntei-o sobre o incidente. Ele respondeu com um sorriso, “Por que o sol deve se levantar e a chuva deve cair.” Expliquei minha falta de entendimento, mas ele não disse mais nada; perguntei aos Mirumoto sobre toda a questão, e eles só disseram que pular de montanhas é o mínimo que eu poderia esperar dos Tatuados.

Todas as histórias do Clã Dragão são verdade, minha irmã. Espero que um dia você possa estar aqui e ver por si só.

Seu irmão, Ide Kin

4 comentários :

  1. Agora eu sei poque gosto de Crane e Escorpiao...

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  2. Também não é pra tanto. As histórias do dragão onde os monges sobem em telhados, ensinam pra bebês na barrigas das mães ou descem a porrada em metade de um exército são muito boas!

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