30 de abril de 2012

Desânimo, Frustração, Finais Infelizes e Dor de Cabeça

Em primeiro lugar, manifesto o prévio aviso de que este post não contém nada de interesse RPGístico, nérdico, etc. Se você não está a fim de ler algo depressivo, tacanho e pessoal, mude para outra coisa.

Você foi avisado.

Não sei se deveria me desculpar primeiro pelo título enorme ou por estar abrindo um post sobre nada de bom. Eu tentei manter essa história o mais longe possível dos olhos alheios, mas chega uma hora em que realmente não dá. A gente precisa desabafar seja lá como for. Muito provavelmente esta também não seria a melhor forma de lidar com o problema, mas vai ter que servir. Em parte, porque todo esse cansaço tem afetado meu desempenho em várias atividades. Então acho que cabe a vocês, leitores do blog, ao menos saberem porque realmente faz tempo que ando, nas palavras de Bilbo Bolseiro: "Me sentindo como manteiga passada num pão grande demais.".

Não sei ao certo quantos aqui sabem, mas durante mais de cinco anos, eu fui namorado de uma pessoa muito especial, e que entre outras coisas ajudou muito por aqui desenhando a tirinha "Rolando na Mesa", que infelizmente acabou parando no primeiro episódio. Mas aí aconteceram muitas coisas, muitas delas ruins, muitas delas eu fui o responsável. Eu torno público portanto que eu deveria estar mais perto e presente quando o pai dela estava mal e acabou falecendo. Eu deveria ser mais compreensivo e menos "intenso" em minhas opiniões quando as nossas divergiam. Ela acabou se distanciando não só sentido próprio da expressão indo morar em Leopoldina, com a mãe e irmãs dela, e onde acabou se estabelecendo de vez na SRE de lá.

Talvez eu seja de fato muito burro para só ter percebido o quanto gostava (e de certo modo, ainda gosto) dela depois disso tudo. Talvez seja tarde demais para mostrar que eu aprendi muito, mudei muito e amadureci muito nesse tempo. Mas essa é uma das principais razões pelas quais eu tenho andado tão desanimado. Frustrado talvez fosse uma palavra melhor.

Parece que sempre vou ser o cara que estragou tudo várias vezes. Parece por vezes que estou destinado a ser aquele de quem todos os esforços acabam ajudando muito pouco. Quando ajudam. Quando manifesto interesse pelo meu lado da história, sempre o faço jogando na cara das outras pessoas o que fiz por elas. Mas quem irá querer saber sobre o lado do perdedor da história?A minha versão sempre será a do vilão querendo se justificar, afinal.

Não importa por quantos prismas diferentes eu olhe toda essa história. Sempre a considero muito injusta. É um final infeliz. Não deveria ser assim. Não deveria acontecer. Mas Deus não parece ter muito talento para usar clichês. Não faço ideia de aonde foi parar a virtude do perdão cristão nessas horas. Espero que ninguém aqui tenha a chance de saber o que é se sentir eternamente castigado pelo seu passado. Porque não interessa quantas boas ações sejam feitas, seus erros estarão lá. Tão firmes e fortes, independente se você descobriu a cura para o câncer ou não está dando a mínima para nada.

Conversamos ontem. Ela não vê muita esperança para nós mais. Pode parecer a maior besteira que digo, mas a ideia de voltar a se sentir feliz e sorrir parece impossível. Ainda assim, como muitos dos leitores do blog sabem, eu pareço escrever melhor quando alguma coisa me chateia. Se houver alguma proporção entre uma coisa e outra, talvez eu ganhe um Eisner esse ano, então. Mas, se é que cabe algum lampejo de esperança no final de tanta cortação de pulso, o lado bom é que tenho ao menos pensado em trabalhar com os "Contos das Terras Longínquas" em outro formato. Até o momento, a ideia é escrever um livro mesmo, mas ainda precisarei de muitas outras orientações e muito mais trabalho sobre os textos em si. Até tenho pensado em voltar a desenhar, já que meus principais ilustradores me abandonaram, mas por enquanto isso tudo são apenas ideias. Sim, ainda tem esperança. Motivo pelo qual ainda não estourei minhas têmporas com uma bala. Mas pelo menos no presente momento, eu ainda estou meio de pilha baixa.

Assim me despeço. Sem links, sem downloads, sem resenhas, sem imagens, sem tags, sem mais.

5 comentários :

  1. Sinto muito, Hayashi. Eu admito que a notícia de que você pensa em transformar as Terras Longínquas em livro me alegra, mas todo o resto me entristece.

    Torço para que esse período ruim passe, e que com o tempo você encontre novas formas de se sentir feliz. E tudo passa mesmo. Parece mimimi de autoajuda, mas sempre tem um jeito que recomeçar as coisas, mesmo que não possamos perceber por um longo tempo. Espero que você e sua ex-namorada encontrem a paz e sejam felizes, cada um levando depois de algum tempo não as mágoas, mas os aprendizados que puderam tirar dos períodos difíceis.

    Espero mesmo que logo sorrir não seja tão difícil, e desejo que tudo melhore sinceramente.

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    1. Muito obrigado pelo apoio zeloso e qse constante, Astreya.

      No exato momento, realmente é difícil acreditar q as coisas vão melhorar. Mas espero q isso passe o qto antes. Parece q tudo só tem se complicado, qto mais eu tento melhorar.

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  2. Tens minha simpatia também, nobre amigo.

    Sei como estes assuntos causam mais estrago do que qualquer machado ou martelo, mas digo-te que não deves desanimar. Muitas das coisas ruins que acontecem conosco surgem como uma forma de aprendizado ou limpeza. Se já percebestes quais foram teus erros, a esperança de reverter o problema é muito, muito maior.

    Lutai com calma e determinação e estou certo de que conseguirás acalmar teu coração e resolver esta contenda. E lembrai também que a única coisa que realmente não tem jeito na vida é a morte. Para todo o resto sempre há esperança.

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  3. Como nada que possa ser dito acabe te ajudando Hayashi... Só lhe desejo força nesse momento dificil e doloroso e boa sorte!
    Um abraço rapaz!

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    1. Valeu pelo apoio a todos, mas, como um sábio amigo meu já me disse: É pra frente q se anda. O apoio de todos vcs é muito importante nessas horas. Confesso q ainda não estou 100% de volta, mas pelo menos tenho me esforçado pra dar sinais de não estar vencido. Os porta-dados e a tradução do QS de SIFRP q o digam.

      Resta nos ver ainda o q o Hayashi ainda tem a tirar da manga.

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