11 de julho de 2012

Falando sobre Futuros Projetos Futuristas

Bem-vindos, visitantes.

Conforme falei no último post, ando com ideias de criar um proto-RPG futurista. Ao estilo ópera espacial, mas com mecânica mais simples que os pesos pesados Battletech ou Jovian Chronicles. A saber, até já tinha iniciado uma versão traduzida do Jovian, mas que acabo de verificar já tê-la apagado por desânimo e frustração com o projeto em si. Enfim, estou tentando reler a 1ª edição, me familiarizar com tudo aquilo e ver o que pode ser aproveitado para minha ideia. Para os que acompanham outros projetos meus, tranquilizo a todos, dizendo que as CTL não estão mortas. Só no freezer. Creio que seja interessante essa "gangorra de trabalhos". Assim, quando enjoo de um, cuido de outro, mas nunca fico parado. E sobre esse projeto futurista? O que temos até agora?


Como falei antes, muita coisa tem sido extremamente semelhante a Jovian. Provavelmente, usarei os mesmos arquétipos dos humanos nascidos nos demais planetas explorados no sistema solar. Mas avançarei as datas de tensão um pouco. Provavelmente muitos torcerão o nariz para as várias conotações religiosas e cristãs que esta história pode vir a oferecer, mas juro que não as faço aqui com ideais evangelísticos ou coisa assim. As fiz assim porque creio, sinceramente, que elas ficaram legais no cenário.

No começo de nossa storyline, a humanidade já teria colonizado alguns planetas do sistema solar, de Mercúrio a Saturno, que ainda consta como o atual desafio a ser conquistado. Até aqui, tudo muito igual à storyline de Jovian também, e isso é intencional. Os planetas são colonizados e seus diversos recursos e avanços tecnológicos realizados em suas colonizações logo permitem que viagens interplanetárias sejam tão comuns quanto viagens internacionais no séc. XXI. O avanço na engenharia em geral permite a cura de várias doenças, crises energéticas são resolvidas facilmente com uso difundido de fontes renováveis de energia (como a solar). O desenvolvimento tecnológico resolve quase tudo nas vidas dos cidadãos comuns. Não se ouviu falar de guerras ou conflitos internacionais por séculos. Novos materiais possibilitaram coisas tidas como impossíveis antes. A engenharia bio-mecânica também consegue reproduzir máquinas capazes de auxiliar e ampliar a mobilidade humana, criando próteses para pacientes vítimas de amputação totalmente robóticas mas capazes de reproduzir fielmente os comandos cerebrais e funções motoras. O uso difundido deste tipo de tecnologia abriu caminho para o uso das "Exos" (forma reduzida do termo "exo-esqueleto funcional", nome politicamente correto do que a ficção de nosso tempo conhece como "mechas") nos mais diversos campos da exploração espacial ou da construção civil, que por sua vez, avançam a passos exponenciais.

E tudo ia razoavelmente bem, até o dia 6 de Junho de 2666. Neste dia fatídico, toda uma era de prosperidade e cooperação de uma humanidade unida e rica acabou quando a escuridão do espaço foi rasgada por pedras vermelhas. A princípio, os sistemas de monitoramento pensaram se tratar de meros meteoros, e os protocolos de segurança contra este tipo de emergência foram acionados. Em vão. Os sistemas de defesa orbitais de Júpiter não surtiram efeito. E foi com puro terror que os cidadãos de Teseu-1 viram nada mais do que centenas de pessoas serem dizimadas pelo impacto do descomunal corpo celeste. Mas a tragédia não acabou ali. A rocha se fendeu em vários fragmentos, como se fosse um ovo parindo criaturas que pareciam terem sido vomitadas de um sonho delirante de um deus psicótico. Elas espalharam morte, radiação, terror, fogo e ódio por centenas de quilômetros quadrados até enfim serem contidas. O total de morte foi de milhões de civis e soldados neste enfrentamento incial.

A notícia correu o sistema solar com rapidez e confusão. Numa sociedade em que a violência estava quase extinta, a morte de quase toda uma metrópole foi um golpe que deixou muitos apáticos e desesperados. Conotações apocalípticas logo surgiram, pelos augúrios numéricos da data do incidente de Teseu-1. As autoridades não sabiam que explicações dar, e, no meio de tanta confusão, a mídia logo tratou de espalhar o sensacionalismo colocando a humanidade diante de seu apocalipse definitivo. Ataques semelhantes começavam a acontecer em outros pontos do sistema solar. Ninguém sabia de onde esses invasores vinham. Até mesmo sua própria estrutura os tornava, ironicamente, totalmente alienígenas a qualquer conceito de "vida" que os cientistas pudessem entender. Apesar disso, os militares davam graças por conseguirem serem "mortos" pelos métodos convencionais. Eles demonstram comportamento totalmente bestial, sendo enviados aos diversos planetas do sistema solar através de meteoros semelhantes ao do Incidente Teseu-1. Até agora, tem sido igualmente impossível calcular suas trajetórias de origem, mas dizer que corpos desta dimensão são simplesmente teleportados para dentro do sistema solar a esmo e acabam atingindo grandes centros populacionais é uma agressão à lógica de qualquer um.

Enquanto ainda se estuda, cogita e supõe, especialistas dos mais diversos campos são conclamados, alistados e treinados pelas Forças Armadas de Defesa Inter-Planetária (FAID). Cientistas e engenheiros projetam e constroem máquinas de destruição com todos os recursos e empenhos possíveis. Naves, exos, veículos terrestres, marítimos e aéros, além de diversas armas de infantaria são espalhadas em profusão pelo sistema solar. A cooperação entre diversas potências econômicas agora soa com propósitos muito além do interesse comum. A humanidade jamais enfrentou uma ameaça tão grande quanto a "invasão inferna" (como os seres acabaram por serem apelidados. Os cientistas e os governos incentivam que o termo entre em desuso, mas a sociedade já o consagrou). Disso depende mais do que uma simples vitória ou hegemonia. Mas do que nunca, a humanidade vive como se o fim do mundo fosse amanhã. Ou talvez em T -60.

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Bom, pessoal, é o que temos por enquanto. Isto tudo foi o que escrevi meio que de sopetão, mas estava empolgado demais para conseguir avaliar qualquer coisa criticamente. Desnecessário dizer, preciso de sugestões. Primeiramente para o título deste negócio todo (como perceberam, sou horrível para títulos). Em segundo lugar, sim, é possível se aproveitar de toda esta conotação religiosa com os invasores sendo realmente demônios extra-dimensionais capazes de se teleportar para as órbitas planetárias e descerem fazendo o maior estrago. Como assim? Ora, a população civil se desespera acreditando que os inimigos são realmente demônios saídos do Inferno para trazer o Dia do Juízo Final? Ótimo! Então que tal colocar nomes igualmente conotativos nos veículos/codinomes/tropas/etc.? Caças espaciais Arcanjos ou exo-guerreiros Miguel. E porque se limitar a termos judaico-cristãos? Sim, tenho altas ideias sobre o esquadrão Mjolnir e naves de batalha Zeus.

Por hoje é só, criançada. Espero que tenham gostado, e que este projeto realmente possa crescer e dar muitos frutos por aqui.

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