Transformers Prime: A Dúvida

Bom, hei de convir.

Este é um assunto atípico aqui no blog. Tá, eu já falei de robozões antes, e até mesmo já traduzi e publiquei por aqui o eternamente esquecido Jovian Chronicles. Também já falei em outras oportunidades sobre minha queda pelo gênero de ópera espacial japonesa, especialmente Macross e todas aquelas séries influenciadas pela genial obra. Ok, ok. Mas daí aos gigantões da Hasbro, acho que tem uma certa distância considerável. Então vamos contar essa história do começo.

Não sei se falei por aqui, mas agora estou estagiando como designer para uma agência de propaganda daqui de Juiz de Fora. E sinceramente, estou adorando. Tenho gostado, me esforçado e aprendido bastante (pra não dizer que estou perdendo os cabelos lá). Mas enfim, o trabalho no fundo é bem legal e acaba que por mais que eu reclame, acabo me divertindo bastante. Whatever. O que me interessa dizer é que lá eu tive oportunidade de conversar com a estagiária que estava lá a mais tempo, a Aline Tavares (que além de super competente como designer se provou uma she-nerd de grande valor). Sim, eu já gostava de Transformers antes, mas após ela insistir para eu assistir devidamente a série Transformers Prime, tive que confessar, a série é muito melhor do que eu podia perceber pelos episódios assistidos isoladamente pela horrenda Cartoon Network brasileira. Acabou que atualmente virei um fã-zaço da franquia, o que me levou a certas indagações sobre sua chance de sucesso em outras áreas do entretenimento...


Ok, a franquia Transformers como um todo já foi explorada por tudo quanto é lado. Temos filmes, desenhos, DVDs, CDs, lancheiras, jogos, camisas, brinquedos e o escambau a quatro. Mas eu tenho duas dúvidas a respeito: 1. Por que ainda não fizeram um MMO de Transformers? Poxa, eu adoraria jogar de Autobot destroçando drones Decepticons aos montes em nome da vida na Terra (isso e o fato de termos MMO de praticamente tudo, ainda me surpreende bastante). 2. Por que também não fizeram um RPG de mesa para isso? Afinal de contas, a Wizards também seria subsidiária da Hasbro. E eles bem que podiam cuidar disso. Mas não. Tá, os motivos podem ser vários.

Equipe Prime (ainda sem o Smokescreen... Ok, chega de spoilers)

Mas não é que talvez por estar com a mente meio ociosa, mas fato é que várias ideias mecânicas (trocadilho besta) têm me ocorrido para criar algo simples e que possa servir como um sistema para retratar a frenética guerra Autobot vs. Decepticon. A saber, já li (e não gostei) do Mech20 (não lembro ao certo se era esse o título do "RPG", basicamente, uma conversão ao d20 para jogar com robôs gigantes. Não apenas Transformers). O Mekton até poderia ser uma escolha legal, pois a "montagem" de robôs dele é de fato simples, rápida e divertida, mas não o usaria por tratar máquinas como... Bem, máquinas. Transformers são (como é repetido trocentas vezes ao longo da série Prime) "organismos autônomos". Ok, então eles precisam de personalidade. Mas antes que tenhamos organismo mecânicos gigantescos afligidos pelos complexos existenciais e o conflito dialético entre o indivíduo e o espírito consumista da sociedade contemporânea, tranquilizo a todos. Não quero e odiaria chegarmos a tanto. Por isso, escolhi um "meio termo". Se repararmos bem na estrutura de grupos das séries mais recentes (sim, estou considerando inclusive o por muitos odiado Beast Wars), notaremos uma certa predominância de "classes", especializações, por assim dizer. O que faz muito sentido. Os dois lados são exércitos afinal de contas. Assim, é natural termos especializações como temos nos exércitos contemporâneos da Terra, oras. Tenho pensado bastante sobre as questões mecânicas práticas (dados, estrutura do personagem), e as relações que essas "classes" teriam com o personagem (e o grupo) em si.

A "equipe" Decepticon. TODOS SAÚDEM
MEGATRON!

Basicamente, acho que o grande segredo é partir de macro-estruturas principais (as duas facções principais do cenário) e dali para estruturas menores: Equipe (sim, a série original e a Armada tinha várias sub-equipes, grupos especializados dentro de cada uma das grandes facções), Dever/Classe/Especialização (basicamente, são poucas, pelo menos até o momento: Soldado (combatente mediano), Demolidor (Wrecker, o grupo "peso-pesado" dos Autobots), Médico (na Prime, Rachet [Autobot] e Knockout [Decepticon] preenchem esses nichos. E olha que são personagens bem diferentes), Líder (o conceito em si vai além de Optimus/Megatron. Basicamente, o fato de haver um sub-equipe pressupõe a existência de um líder. Ou não...) e batedor (o combatente mais ágil. Basicamente, imagino que seriam onde se encaixariam Arcee [Autobot] e Airachnid [Decepticon]).

Enfim, fato, muita coisa ainda está por fazer (a começar por... Começar o projeto em si), mas no momento ele é algo totalmente despretensioso. Quero um sistema simples, mas que ainda consiga retratar bem as diferenças por vezes imensas de grandezas de tamanho e poder envolvidas na série. Enfim, gostaria de opiniões a respeito também.

PS.: Sim, acabo de ver que Transformers Universe está em beta. E sim, já me inscrevi. XD

PS2.: Recomendo imensamente acompanharem a série inteira (principalmente com o áudio original. Todos os episódios estão no youtube, legendados). A série em si é relativamente curta, mas empolgante e muito bem sequenciada. O ritmo dela não tem nenhum arraste drástico, além de eu ter achado os personagens bem cativantes também.