Reporte da Aventura: HS1 - The Slaying Stone (A Pedra Assassina)

Olá, pessoal.

Ontem, e até as 3 h da manhã de hoje, estávamos realizando a primeira seção da aventura que já há algum tempo tem sido falada neste blog. A saber, resolvi mestrar a aventura pronta "HS1 - The Slaying Stone". Ela se destina a personagens de 1º nível, e devo dizer, tem se mostrado bem mais difícil que os kobolds "asfálticos" da Fortaleza no Pendor das Sombras. Como esse é o primeiro report, creio que me concentrarei mais na apresentação dos personagens que até agora integram o grupo do que na aventura propriamente dita. Bom, vamos ao elenco:

• Finisten (Vingador Humano): Finister é reservado e de poucas palavras. Inquisidor de Ioun, busca informações sobre os perigosíssimos artefatos conhecidos como as pedras assassinas de Kiris Dahn a comando de ordens superiores de sua Igreja. Disciplinado e perspicaz, Finisten é frio, racional e metódico em suas atitudes. Para quem não lembra, ele usa o prelúdio aproximado do Lantis, já que o jogador responsável resolveu mudar de defensor para agressor de sua fonte de poder. Finisten foi doutrinado no caminho de Ioun por seu tutor nobre (originalmente, ele é filho de camponeses), mas teve todo o vilarejo queimado por asceclas de Vecna, provavelmente procurando algum segredo (típico).

• Tork "Anaconda" Stonefist (Guerreiro Humano): Talvez Tork seja o combatente mais experiente do grupo. Ele já foi um soldado, e mesmo longe do exército, continua seguindo sua doutrina. Ele é rude, grosso e não raramente suas palavras assustam até mesmo seus próprios companheiros de grupo. Ele já lutou em guerras e em arenas, mas atualmente está se virando como mercenário freelancer, contratado junto com Cinzah a serviço de Treona.

• Cinzah (Patrulheiro Feral): Cinzah teve sua tribo massacrada quando ainda era alguns anos mais jovem. Sem escolha, ele com minguados sobreviventes se mudaram para a cidade, onde encontraram empregos pouco salubres dada sua inexperiência em assuntos mais "cívicos" e sua aparência monstruosa. Cinzah acabou sendo contratado por uma guilda de criminosos, mas ele reluta contra isso. A guilda atualmente o enviou num serviço mais afastado, contratado por Treona. Seus "donos" pensam que isso é um teste de sua fidelidade para com a organização. Contudo, Cinzah parece ter outros planos...

• Rasec Reynolds (Bardo Meio-Elfo): Sociável, de boa aparência e palavras gentis, Rasec é o "relações públicas" do grupo. Porém, quem vê este galante bardo, não imagina seu passado triste. Ele teve seu antigo vilarejo invadido por orcs, que entre várias mortes, causaram a de sua recém-namorada Miriam. Não conseguindo mais viver num lugar onde tudo o lembrava dela, ele agora usa seus talentos arcanos e músicos para viajar e tentar se esquecer de seu passado.

• Morgoth (Mago Humano): Personagem que caiu de pára-quedas na aventura, feito na última hora pelo Dg, velho conhecido da cruzada D&D 4ª edição no RRPG. Como tal, ainda não sei o prelúdio dele e até mesmo SUPONHO que ele seja humano. Ainda não consegui nem abrir a ficha dele.

Como estamos no cenário típico de D&D (Points of Light), a principal característica deste cenário é o fato de consistir de reais pontos de civilização em meio a grandes vastidões de terras selvagens, indomadas e não raramente perigosas para as pessoas. Assim, as estradas são poucas, mas vitais. Viajar sozinho durante muito tempo nesses grandes espaços entre locais civilizados é quase suicídio. Assim, estando em viagem, provavelmente as outras pessoas na estrada estão indo ao mesmo local que você (não há muitos outros destinos, digamos assim). No caso, todos os personagens estavam indo para a torre de Treona, para saber mais sobre o motivo de terem sido contratados. Exceto por Finister, que a tinha como única fonte de informação sobre as pedras.

No caminho para a torre, Rasec tenta puxar assunto com os outros viajantes, até então desconhecidos para ele. Não demora muito para que conheça a "sutileza" e "fineza" de Tork Stonefist, que mesmo sendo contida pelo seu "colega de profissão" Cinzah, ainda assim assustou muita gente. Eles conversaram um pouco, tentando se conhecer e saber o que faziam. Já findava a tarde, quando um temporal veio sobre eles, e quando resolveram montar acampamento à beira da estrada ao invés de prosseguir a jornada à noite, uivos surgem da mata ao redor da estrada, e lobos famintos cercam os personagens. O combate se prolongou bastante até, mais graças a problemas técnicos com o Maptools do que qualquer outra coisa, creio eu. Os lobos lutavam ferozmente, causando graves feridas em Tork e em Morgoth, que se viu desprotegido na retaguarda. Finister lutou ao lado do mago, mas mesmo com o poder de sua Jura de Inimizade, errava vários ataques. A linha de frente se via em polvorosa com Tork segurando sozinho dois lobos e sendo auxiliado por Cinzah e Rasec, que basicamente o mantinha de pé com suas curas e incentivos. A movimentação também era atrapalhada pela estrada de lama que se formou com o temporal. Caso os personagens conseguissem se aproximar da torre, Treona poderia ajudá-los com suas bombas, mas isso não ocorreu.

A torre de Treona já estava a poucos metros de nossos jovens heróis, e após terem lidado com os lobos, a anfitriã pede que se apressem, e se abriguem logo da chuva. Lá dentro, são recebidos por uma mulher humana já em meia-idade, à luz de uma fogueira. A habitação é bastante simples, porém espaçosa. Treona explica, juntamente com "ex-lorde" Kiris Akirk, sobre as pedras assasinas de Kiris Dahn. Como leitores mais atentos podem notar, Alkirk era da linhagem dos governantes de Kiris Dahn, mas a cidade foi tomada por uma horda invasora de goblins há oito anos, e desde então nem mesmo o nome da cidade resta mais. Os goblins a "reconstruíram" com o nome de Gorizbadd. As pedras assassinas eram oito dispositivos usados na defesa da cidade. Munidas das circunstâncias corretas, elas conseguiam facilmente eliminar qualquer exército invasor. Contudo, os goblins eram tantos, que nem mesmo isso foi suficiente. Só bem recentemente, os estudos históricos de Treona apontaram à existência de uma até então desconhecida nona pedra assassina, que ainda está em algum lugar da atual Gorizbadd. A missão dos aventureiros é então entrar na cidade e recuperar a pedra, antes que os goblins sequer tentem descobrir a função do artefato. O uso incorreto dele pode trazer efeitos colaterais ao próprio usuário, o que pode ser exponencialmente desastroso.

Para complicar ainda mais a vida de nossos heróis, eles não são os únicos atrás da pedra. Dreuss, um tiefling rival de Treona também fez sua jogada e contratou um bando mercenário de orcs para levar a pedra para ele. Os "Olhos Arrancados" ao que tudo aponta, foram o mesmo bando que assaltou a vila de Rasec, o que, desnecessário dizer, o colocou de vez nessa busca.

Até então, já eram altas horas da madrugada e os jogadores estavam beirando a inconsciência. Eu até teria mestrado mais, mas não tinha preparado os futuros encontros. A missão dos aventureiros é até que simples, olhando de longe. Agora, é só esperar até a semana que vem para saber COMO eles vão resolver entrar numa cidade goblin assolada por outros invasores.