18 de outubro de 2013

Brasil Recusa L5R

É com espírito de fato pesado que digito este texto.

Às vésperas dos últimos dias de financimento coletivo de L5A, é de fato pesaroso e desanimador não ver sequer 20% da cota BÁSICA arrecadados. Sim, eu poderia passar horas aqui filosofando a respeito de quem é a culpa, metendo o malho nos responsáveis pelo projeto ou pela divulgação, ou nos pretensos fãs da franquia, que tanto vestem a camisa, mas vivem decepcionando na hora H. Não, não é este meu objetivo aqui.

Analisando também como estamos RPGisticamente no Brasil, creio que eu tenha encontrado alguns motivos pelo qual a campanha de L5R deu ou tem dado errado. Mas não muita coisa sobre como resolvê-las. A elas:



1. Samurais estão fora de moda
A onda otaku de fato passou pelo Brasil e deixou seus remanescentes. Mas isto não parece tornar a iconografia samurai tão poderosa assim quanto já foi no inconsciente popular. A moda agora são vikings, zumbis, ou outras características aparentemente catadas a esmo da cultura anime. Se RPGs de modo geral estão em baixa, RPGs de samurai ou simplesmente Japão Feudal estão, no máximo, restritos à margem do mercado.

2. RPGs "Crunchs" estão fora de moda
Não que o R&K seja um espetáculo de complexidade mecânica, mas RPGs com livrões e cenários complexos estão de fato em baixa. A onda agora é dos indies, e suas mecânicas simples e diretas. Livros pequenos e baratos ao alcance de todos. Ninguém no Brasil quer saber de cenários tão intricados quanto Rokugan. Ninguém quer ler quase 60 Vantagens/Desvantagens para montar personagem. Ninguém quer distribuir pesados 40 pontos pela ficha. Ninguém quer ler Katas, Kihos, Feitiços e o escambau. Simples assim...

3. Paranoia de Mercado
Sim, o responsável pela franquia no Brasil ainda é o Claudio Muniz. E é fato que muita gente ainda tem o pé atrás por ele por motivos que beiram o medo do Slenderman... Sim, ele me procurou várias vezes perguntando e tentando criar meios legais de se lançar L5R no Brasil. Não pudemos prontificar nenhum "quickstart" do sistema, e eu mesmo acredito que ele fosse desnecessário. Eu, sinceramente, sou da opinião de que no dia que o Bin Laden resolver publicar L5A no Brasil, eu curto a Al Qaeda no Facebook. Não me importa sinceramente se a pessoa que está lançando algo no Brasil foi babaca no passado, maltrata animais ou está concorrendo ao Nobel da Paz. Me interessa o que ela está lançando. E reintero. Não tenho nem tive problema algum com ele. Pelo contrário, ele se mostrou um editor muito mais presente, disposto e esforçado a ajudar do que muita gente da Devir nas minhas traduções. Mas não. O Claudio Muniz é automaticamente o anti-cristo encarnado do mercado nacional. Sinceramente, isto é ridículo.

4. "Preguiça" dos Fãs
O consumidor brasileiro de RPG é uma espécie pitoresca. Ele quer ser fascinado, fisgado pelos produtos lançados. Mas de fato quer esperar sentado suntuosamente em berço esplêndido, ao som do mar e a luz do céu profundo para isto. De início, lá no primeiro projeto de crowd, não gostaram da página de apresentação. Depois, não gostaram da POSSIBILIDADE do livro p/b. E ainda querem que a publicidade se faça magicamente. Sim, a editora falhou em não anunciar suficientemente. Mas, falhando ela, caberia aos fãs tentar salvar o projeto. O que vi, no entanto, foi no máximo três gatos pingados compartilhando aqui e ali. Novamente, não, não é obrigação nossa fazer o que deveria ser feito por outrem. Mas ficar sentado "xingando muito no twitter" também não me parece mover a pedra para fora da estrada muito bem. Me decepcionei a nível pessoal com meu grupo local também, que até onde vi em nada contribuiu no projeto. Mas esta é outra história.

Sim, concordo que o exemplo do primeiro projeto foi catastrófico, mas na segunda tentativa, a sugestão do livro p/b ficou pelo menos um mês aberta a discussões na página do Face do lançamento. E absolutamente NINGUÉM se mostrou contra. E até tivemos alguns a favor (eu incluso). Aí é muito fácil simplesmente criticar o que já está feito e se esquecer que sim, sua opinião foi pedida. Mas sim, todos têm o direito de se irritar com algo que está insatisfatório. Mas, ainda assim, não vi uma crítica construtivmente escrita e condizente com a realidade que orientasse os editores a isto.

O complicado de se trabalhar com qualquer produto a ser lançado é que não se trabalha na verdade com algo que as pessoas querem. Você tem que adivinhar o que elas vão querer QUANDO o produto for lançado. Sim, isto é possível, mas bem difícil...

5. Nossas Ideias, Veredito Deles
 Cheguei a falar disso aqui várias vezes. Sim, creio que com um arquivo de fichas e talvez alguns mapas/pôsteres da vida como recompensas o projeto arrecadaria muita coisa. Eu gosto de bugigangs nérdicas (embora nem tenha tanta coisa assim), e tive que defender bravamente a camisa e a caneca no site firmemente. Mas de todo modo, não adianta só eu ou trilhões de pessoas sugerirem. TUDO ainda está sujeito à aprovação das editoras. A brasileira, e a AEG. E sim, eles barraram muita coisa. O foco do segundo projeto foram os suplementos e eu trabalhei pesado em alguns deles (nota: Nem isso parece tirar a paranoia de algumas pessoas que o projeto seria na verdade um calote por parte do Muniz. Façam-me o favor...).

Mas a moral da história é que tivemos várias bateções de cabeça de tantos lados que fica difícil (e na verdade, inútil) discutir isto a esta altura. O projeto está em vias de falhas, e exceto que o Sílvio Santos resolva investir, eu duvido muito que isso mude. Eu cansei de entrar na página do projeto dias seguidos para encontrá-lo no mesmo nível de contribuição. Fato. Pode ter sido a plataforma esquisita que tenha atrapalhado nisso também. O fato de depender só de cartão ou paypal (o que não me parece impedir tanta gente assim de comprar coisas de fora, mas beleza...)... Enfim, agora o jeito é respirar fundo e se preparar para o que está à nossa frente. Sim, o projeto ainda continua. Agora, em outro formato.

Não, não vou estragar a surpresa.

31 comentários :

  1. Eu mesmo não consegui contribuir pois só tenho cartão de débito... E o site pede crédito !

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    1. E olha q cartão de crédito é algo super comum e fácil de pedir... O Itaú vivia ligando lá pra casa oferecendo, mas acho q pararam... Enfim, mesmo assim, eu acho q não seria demais pedir pra um amigo seu contribuir, e depois vcs acertassem...

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  2. Eu não confio nos caras que pegaram o projeto se tivesse um nome forte por trás quem sabe, Jambô, Retropunk ou Redbox, eu investia na certa, e acho que muitos mais como eu, o faria!

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    1. Se bem me lembro, tanto a Jambô, a RP e a RB tb eram editoras "zé ninguém" qdo só havia a Devir. A meu ver, isso é ou medo injustificável, ou paranoia ou birra simples mesmo. Do tipo "Não gosto da cara do Claudio Muniz. Vou xingar muito ele no Twitter".

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    2. Não é questão disso, o cara divulga pouco, tem pouca acessibilidade, nunca vi uma entrevista com ele, nunca vi ele escrevendo um post ou cv com um leitor ou sequer foto do camarada numa convenção qualquer de RPG. Atualmente a New Order é uma editora pequena zé ninguém, porém todo domingo os caras tão na dungeon carioca mostrando e mestrando o produto que eles vão trazer (o Yggdrasil Rpg), tem página no face, tem apoio de vários sites e se você chegar pra cv com o chefe da editora o cara é super acessível e tranquilo, e não tem história de picuinhas e brigas na internet... Sem uma boa imagem, não vale a pena investir, transparência é tudo cara, tanto que foi esse o caso da Devir ruir, péssima editora!

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    3. Na verdade, já tive mais de uma fonte q sim, divulgação foi feita. Quer dizer, enviaram material para trocentos sites. Q sei lá pq não publicaram nada. Revisei a linha de posts futuros de RedeRPG e nem mesmo entre os futuros algo falava a respeito. Tanto L5R qto a editora tb têm página no face. E sim, um site até fez entrevista com o Muniz. E no mais, acho q a publicidade só seria necessária de fato para anunciar o crowd. Se vc é RPGista há mais de cinco anos e nunca ouviu valar de L5R, de boa, isto é um erro grave. Nunca conversei com o chefe da editora propriamente dito (até onde sei, o carinha q aparece no vídeo de L5R). Mas parece q o cara é meio fechado mesmo. Isto, inclusive, acabou contribuindo pra falta de divulgação. Pq parece q muita gente foi falar com ele a respeito, e ele nem respondeu (vai entender...).

      Eu discordo q imagem pessoal seja necessário para trazer um RPG para cá. Novamente, eu pessoalmente não me interesso se o editor responsável pelo projeto é Nobel da Paz ou neo-nazista. Contanto q ele seja bom como editor. Mas sim, brasileiro tem essas ideias... Rende publicidade e o cara acaba comprando independente se o RPG é bom ou não. "Vou comprar para ajudar o fulano pq ele é gente boa". Típico de consumidor restrito apenas ao q tem por aqui mesmo.

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  3. Sou da opinião que, um livro PB é melhor que livro nenhum. Principalmente no caso do meu grupo, em que somente eu sei ingles. Por mim teria ambos - o em ingles, colorido, deixaria bonito na estante, e o PB, em portugues, levava pra mesa pra ser moído.

    Mas no fim, pior que isso, creio que o preconceito e a má impressão da primeira campanha contribuíram para o fracasso dessa segunda. O fato é, os maníacos por L5A contribuíram, mesmo que na reta final (#culpado).

    Mas sem o apoio da massa, e dos blogs, não tinha como ter exito.

    Minha esperança era que fosse divulgado no JN, como fizeram com o Violentina, OD e com tantos outros projetos. Porém, ao meu ver, a força dos haters do Claudio falou mais alto - nenhum blog dos que eu sigo sequer citou. Nem a Terceira Terra, com os inúmeros podcasts de RPG, nem o tio Nitro, nem o Mundo Tentacular... assim não tem como vencer.

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    1. Lamentavel, já que esses blogs sempre discutem o por que o hobbie está morrendo. É simples, no mercado RPGistico há muito mais gente babaca do que de costume. Formado em geral por intelectualóide. Perdemos um grande RPG, porque a blogsfera do rpg é idiota e egocêntrica. Só para REDERPG mandei 4 emails falando do financiamento, fora as mensagens de Facebook que eu mandei em vários grupos (quando tinha face). Triste novamente, porque além de não contribuir, muitos preferiram malhar. Custava os caras citarem o projeto, mesmo que não concordassem, ou melhor poderiam até dar opinião deles.
      Espero Thiago, que sua surpresa seja o livro em pdf. Pago sem chorar, mesmo que depois procure uma gráfica para imprimir uma cópia para mim.

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    2. O livro em pdf não é a surpresa em si, mas sim, isto está sendo analisado. Ainda não sei muita coisa, mas aviso assim q souber. Sei q o Muniz está caladão. Vcs podem ver (na verdade, NÃO ver) pela página do Face. Ela está parada já a um tempo. Ele está tramando algo, e nem eu sei o q é...

      Confesso q nem postei nada tb pela RedeRPG (ainda tenho o acesso como redator de lá), pq achei sinceramente, q ficaria marcado como o "cara de L5R. Q só sabe falar disso, lalalala...".

      E CLARO q com o livro pdf teremos um montão de hater jogando o treco até no orkut para piratear. Pq o importante não é nacionalizar o RPG. É fuder com o Muniz pq ele é "o anti-cristo do RPG brasileiro" na falta do del Debbio. Novamente, isso é ridículo.

      O mais chato disso tudo, é q não adianta argumentar contra o fanatismo de quem quer o livro colorido, capa dura, impresso em páginas de papel de arroz enrolado nas coxas de virgens japonesas... Eles simplesmente são... Frescos. E se acham no direito irrevogável de sê-lo (bom, na verdade, estão mesmo. Eu mesmo falei q todo mundo tem o direito de não contribuir). E repito tb: A arte do livro pode ser fenomenal em relação a vários outros RPGs. Mas o card tem coisa muito mais sinistra. Mas os "fãs" da franquia se limitam a conhecer (mal e porcamente) o livro básico e olhe lá!

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  4. Por mim o livro poderia vir até em papel de pão que eu iria adorar. Não interessa quem iria lançar, e sim que o livro seria lançado, não entendo esse medo escroto que o pessoal teve, tive que ver comentários como "Se o livro não for colorido NÃO VALE A PENA...", fala sério, por conta dessas pessoas, jogadores que não tem acesso a inglês perdem mais um grande RPG. Lamentável.

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    1. Penso mais ou menos por aí tb. Vide meu comentário acima.

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  5. Olá Hayashi. Gostaria de entrar em contato com o Sr. Claudio Muniz sobre o financiamento que ele necessita para publicar o livro. Se possível me envie o e-mail dele. Meu e-mail é herbart.a.jr@gmail.com

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  6. Fiz este comenta'rio quando colocaram o link deste post em um grupo no face, mas como o Hayashi não fazia parte vou comentar aqui também, não acho legal criticar os outros pelas costas.

    Metade destes pontos caem por terra quando se analisa outros FC. O crônicas por exemplo, que está em financiamento, é autoral, desconhecido e em 3 dias juntou 7k (33% do projeto). Além disso ele tem 300 páginas então é um livro denso, apesar de eu não conhecer seu conteúdo.

    Voltando ao L5R, eu queria muito que ele saísse, sou muito fã do jogo e concordo que melhor em P&B do que nao sair, mas a maioria dos rpgistas preferem produtos de luxo.
    Mas você não tocou no ponto que é minha principal critica: o projeto foi abandonado. Não tem uma atualização na página do idea.me e pouquissimo na fanpage, praticamente nada. isso não passa confiabilidade (e nao, nao me interessa o que o claudio muniz fez ou deixou de fazer).

    Mas agora culpar os fãs de não terem feito propaganda? sim iria ser bem melhor se tivessem feito, mas a editora não pode contar com isso, ou muito menos culpa-los.

    Dizer que o pessoal reclamou de não ter cartão e quem quiser mesmo pegar cartão emprestado?! Sério?!

    O fato é que o projeto foi mal administrado. E isso não gerou participação dos fãs. Se a própria editora não se moveu para fazer o jogo acontecer, porque os compradores iriam. Aí é fácil culpar os outros e dizer que o Brasil não quis o L5R. Financiamento coletivo não se faz sozinho.

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  7. Ah sim, e concordo contigo, a moda dos indies e a onda da cultura japonesa estar em baixa, podem ter ajudado a afundar o navio, mas o rombo, foi a má administração do projeto.

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    1. O q mais ouvi foi gente dizendo q "A editora fez o projeto do jeito dela. Não do nosso". E mostrei pra todo mundo: Um tópico na fan-page perguntando a respeito ficou no ar um mês antes de liberar o financiamento. Absolutamente ninguém discordou com o formato de livro preto e branco, com praticamente os mesmos alvos e talz.

      Acho q o sucesso de tantos outros FC em relação a L5R é exatamente a publicidade. E como falei, sim, ouvi por mais de uma fonte (uma deles, um comentário deste post mesmo) q sim, várias fontes foram avisadas. Mas sei lá pq elas não divulgaram. A editora deveria ter se mexido? Bom, se não eles, quem mais?

      O q eu acho meio tenso é q mesmo q haja uma terceira tentativa de projeto, o mesmo tb estará fadado ao fracasso. Pq dane-se os prêmios q L5R ganhou. Dane-se a competência e esforço de quem realmente está por trás dele. Dane-se tudo. O q importa é q ele sempre dará errado por motivos de desconfiança q beiram a histeria. Isso sim é ridículo.

      E sim, por aqui pelo menos, qdo eu mesmo não tinha cartão internacional, cansei de comprar coisas com meus amigos (eles realizavam a compra, por assim dizer), e depois pagar pessoalmente em dinheiro para eles. Muitos de meus livros de L5R vieram assim, inclusive.

      Cheguei a comentar num post do Face q a programação interna do idea.me é um lixo de mal feita. Pesada, muito scripts independentes entre si, me parece. Isso deve atrapalhar um pouco quem for atualizar. Mas ainda assim. É uma desculpinha sacana essa...

      Mas de qq forma, sempre achei q L5R não tivesse público para arrecada 20 e tantos mil num FC. E nem vai. Pq sempre, na visão de todos: "Será o mesmo pessoalzinho envolvido. Gente q não gosto mimimi...".

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    2. Muita gente, como eu, não sabe o que aconteceu com o Claudio Muniz, e nem me interessa saber. Dizer que isso prejudicou o financiamento é algo aceitável, mas deixar de lado a falta de competência ao fazer um Financiamento Coletivo não pode ser deixado de lado. Foram DOIS projetos abandonados. Quando as dificuldades começam a aparecer o cara simplesmente sai, joga a culpa em uma equipe e diz que não estava de frente. Não sei se estava ou não de frente de verdade, nem questiono isso, mas se ele é o representante do L5R no Brasil, ele deve assumir a responsabilidade e no minimo ter observado o que essa tal equipe estava fazendo...

      Realmente 20 e tantos mil é um projeto ambicioso, L5R é um projeto ambicioso (talvez ele devesse começar com um titulo menor e conquistar a confiança dos fãs como a maioria das editoras novas fizeram), mas ele também não teve o tratamento que deveria ter e, apesar de todos os problemas (mimimi por causa do Claudio Muniz, falta de apoio, valores altos, plataforma horrível) tudo isso poderia ser contornado ou minimizado se houvesse um trabalho bem feito. Se houvessem atualizações, novidades, divulgação etc, mesmo que não tivesse atingido a meta, ele não seria vergonhoso do jeito que foi.

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    3. Olhando HOJE para o projeto, eu acho q nem deveriam ter atualizações. Se ele já viesse com todo o material q ele tem HOJE, acho q nem precisaria. Tipo, imagens da katana, da caixa, etc... Claro, ainda tem mais coisa. Eu mesmo, conforme falei, falei e defendi muita recompensa "legal", mas q acabou não saindo.

      Fato, tb não sei pq raios de motivo não houve essa atualização. Tipo, os materiais visuais foram atualizados, mas, como todo mundo viu e muita gente falou, não aparecia entre as "Atualizações" (não descarto pau do site tb). Mas eu acho q tb não custava vc publicar pelo Face o q era upado na página, por exemplo, entre tantas outras coisas.

      Mas sei lá. Eu acho L5R meio "chefe demais pra pouco índio" para o Brasil. É um projeto muito caro, um livro muito pesado editorialmente e q não me parece q teria tantos consumidores assim.

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  8. "Se RPGs de modo geral estão em baixa(...)"

    Ha... Haha... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

    RPGs estão em baixa. Que piada, que piada...
    _____________________________________________________

    "4. "Preguiça" dos Fãs"

    Sério, que você vai tentar apelar pra essa carta? Veja o financiamento do Savage Worlds, veja o que os jogadores fizeram. Falar de preguiça só demonstra o seu desconhecimento do mercado nacional (que alias, é patente, senão você saberia que Blood & Honor já está com sua primeira tiragem praticamente esgotada, e veja só: é um RPG de temática samurai!).

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    1. Qual a necessidade disso?! rs
      ____

      Enfim, Blood & Honor é muito bom, comprei minha edição de luxo, simplesmente fantástico. Pena, grupo tem um problema com jogos Indie, então, pra mim, virou material de referencia para usar com L5R.

      Pra mim, os pontos levantados estão corretos. Só não acho que foi "preguiça dos fãs", e sim, "falta de vontade". Vi muita gente deixar de apoiar pq o livro seria PB com capa brochura.

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    2. Bom, vamos nos concentrar inicialmente na "baixa de RPGs". Sim, o mercado existe. Sim, o Ennie continua sendo disputado todo ano. O mercado vai até bem, mas ele passou por uma alta incrível nos anos 90, mas q não se manteve na virada de século. Temos outras vertentes muito mais lucrativas e bem mais recentes de entretenimento. D&D está há décadas na cultura ocidental e ainda carece de produtos viáveis em outras áreas para ser considerado marcado eficientemente no inconsciente popular ao meu ver. Enquanto isso, a "nascida ontem" Blizzard simplesmente destroi em outras mídias. E não preciso nem ver como ficará o filme de WoW para garantir q dificilmente ficará pior q os 3 de D&D... Ah sim. Pode incluir aí a animação catastrófica de Dragonlance.

      Essa mesma "baixa" (na verdade, não é uma baixa. Acho q está mais pra uma diminuída do crescimento) é q tem propiciado tantos indies (q são mais leves em relação aos seus ancestrais evolutivos, bem mais pesados), inclusive, linha q o próprio B&H se origina. E qdo falei de "Preguiça", realmente, o texto ficou meio obscuro, mas queria me centrar mais nos fãs brasileiros de L5R. Sim, como vc mesmo disse, fãs de outras franquias fizeram muita coisa... Para L5R... Nada. Ou qse. E o B&H, embora tb tenha o tema japonês feudal e tudo, eu continuo considerando BEEEEM diferente do L5R. E por mais q ele tenha feito sucesso (sinceramente, esgotar uma tiragem qse um ano depois do seu lançamento eu imagino q não seja tãããão recorde assim), não consideraria q isto tb fez o Japão Feudal ficar em voga por aqui. Simplesmente pq... Não se vê isso na nossa cultura atual.

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  9. L5R é muito bom, o formato também não me importa, mas me importa a qualidade que isso terá, e me importa saber se não vai ser um golpe lavado (como foi o caso Kryptus)... De qualquer jeito essa galera aí Hayashi não emplaca... Quanto ao crônicas que vi no comentário acima, parece bom, e tem tido uma divulgação média e um site muito bom! Eu te entyendo Hayashi de se sentir mal pelo seu jogo favorito não ser publicado em pt-br, um dos meus jogos que mais gosto tbm foi cancelado, o Bárbaros da Lemuria, é um jogo que eu realmente queria, mãs, nem tudo da certo cara...

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    1. Bárbaros de Lemúria vai sair, já está confirmado. Só que não sairá pela Bárbaras Magias (como foi planejado originalmente), mas pela Retropunk (se não me falha a memória).

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    2. O problema disso é q fica meio contraditório. Tipo, para o povo daqui, o Muniz é incompetente, relapso e se esquiva dos compromissos editoriais com L5A. Isso fica estranho pq, tecnicamente, a AEG poderia escolher qq um daqui para publicar. Mas escolheu ele. Não, não faço ideia de como se deu essa negociação. O q eu sei, é q pelo menos por um bom tempo, os direito de publicação de L5R aqui são dele. Ou seja, ou sai por ele ou não sai.

      Em suma, uma editora americana, detentora dos próprios direitos, escolhe um cara q teria "abandonado o barco duas vezes" para lançar seu 2º produto mais lucrativo (só perde para o card da mesma franquia) no (pelo menos já foi) o 2º maior consumidor de RPG no mundo? Me soa estranho...

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    3. Sobre "tentativa de golpe": Cara, isso daria assunto pra um post inteiro, mas em suma, sim, eu trabalhei durante um bom tempo na tradução do livro básico. E estou trabalhando na tradução de um dos suplementos, mas ainda não terminei, e não devo terminar tão cedo embora esteja qse terminada. Tem rolado muita conversa com o revisor do texto, e vira e mexe eu ponho um termo em debate interno pela editora. Agora isto é raro, mas rolou bastante durante a tradução do básico.

      O revisor tb tem trabalhado bastante. Ou seja, se o projeto for falso, creia-me, seria mais vantagem fazê-lo propriamente do q montar essa "suposta fachada" toda.

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  10. Blog interessante.
    Curto L5R e compro tudo de fora. Tudo da própria AEG ou pela Amazon.

    Creio que, primeiramente, o mais importante para que o L5R tenha sucesso no Brasil é um plano de marketing. Mas um bem elaborado. Não digo apenas distribuir panfletos ou displays em lojas de jogos, mas sim firmar parcerias com lojas de RPG de todo o Brasil para que as mesmas tragam o CCG para cá. Digo isso pois vejo em vários sites (na verdade quase todos) que o fornecimento de cartas de L5R é bem escasso e com pouca diversidade dos itens.

    Sim, estou me focando nas cartas e não no próprio RPG em si pois o CCG é mais fácil de se aprender e de se ensinar. Creio que a forma mais fácil de penetrar no mercado brasileiro é pelo modo mais fácil: CCG. Simples (dentro dos limites) e fácil de transmitir ao próximo. Realmente, não é necessário decorar 60 vantagens nem entender mecânicas mais complexas, mas inicia-se deste jeito.

    Creio que formas de fazer essa inserção no mercado é lanças campeonatos de L5R no qual o prêmio do primeiro colocado são decks ou boosters de........Magic. Antes de eu ser crucificado, tentem entender a lógica. Para o jogador de Magic, seria uma vantagem, pois é um jogo pouco difundido no Brasil, ou seja, menos competidores. Ponto positivo para quem quer inserir o L5R no mercado: os jogadores de outrs CCGs passarão a conhecer o L5R. Interessante, não? E a taxa de inscrição é o valor de um deck de L5R (este deck que o mesmo irá competir). É como voce lancar um novo refrigerante no mercado e fazer a promoção: Leve o nosso refrigerante X e leve uma Coca Cola de brinde. O consumidor passará a conhecer o produto. Além de o L5R não existir no Brasil creio que não haverá nenhum empecilho quanto á regras de fornecimento.

    Depois de inserido, aí creio que pode se pensar em trazer o RPG, pois a marca já estará inserida no mercado. Demora alguns anos até isso ocorrer. E, além disso, é possível se fazer um dinheirinho comprando CCG de L5R de fora e revendendo aqui por um precinho mais bacana.

    Por fim, acho que, primeiro é necessário inserir a marca aqui, ou o RPG nunca irá existir aqui dentro exceto por pessoas como nós, que procuramos o livro em PDF ou importamos de fora.


    Está bem difícil de conseguir uma party pra jogar L5R, não? D&D se acha em cada esquina, mas L5R eu estou tendo que ensinar aos meus amigos para jogarmos, por ser juma mecanica um tanto quanto diferente...

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    1. De boa q eu acho o RPG mais simples q o card. Mas convenhamos, ambos são meio complicados mesmo. Mas de fato. Tenho acompanhado os vídeos do game design do card e muita coisa q eles têm falado realmente têm simplificado. Enfim, é um processo lento, mas me parece viável sim.

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    2. Então, devido ao CCG ser mais fácil de se mobilizar uma ação, creio que este seria realmente o meio. A grande diferença entre o RPG e o CCG é que o primeiro não é tão tangível quanto o segundo. Eu estou afirmando o seguinte: que para divulgar o produto L5R para o público que gosta de RPG, primeiro, deve ser por algo mais tangível, que tenha as atrações de qualquer CCG: imagens bonitas, sensação de posse de bens tangíveis (das cartas em si), ligação com a história, alternativas diversas de administrar, modificar e merlhor seu deck e etc. A meu ver, o RPG, independentemente de qual for, é muito menos tangível que o CCG, diga-se de passagem por não possuir boosters para retirar cartas, decks com tipos diferentes de clãs ou mana para jogar e tudo o mais. Penso que, para tangibilizar mais as coisas, criaram aquele sistema de RPG com miniaturas. Enfim, eu defendo que, para inserir o RPG no Brasil, é necessário atingir o maior grupo de pessoas possível, e creio que esta estratégia seria boa o suficiente.

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  11. Engraçado que você começa falando sobre distar algums motivos pelos quais a campanha deu errado. E todos os motivos listados são extrinsecos, nenhum deles é a respeito da campanha em si.

    Eu também acho que L5R (assim como um tanto de outros) é desconhecido no Brasil, o jogo simplesmente não tem o publico que os fã gostam de imaginar que tem. Viabilizar o lançamento significaria criar mercado, criar jogadores.
    Eu nem sei se ainda existe revista de RPG no Brasil, estilo a Dragon, mas encomendar uma matéria bonita, falar sobre o jogo em eventos de anime (que ainda são frequentes e númerosos sim) e botar pessoas para mestrar e jogar é essencial para o projeto dar certo.

    Não temos um mercado em retrocesso, temos um mercado muito diferente do americano, aparentemente.

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    1. Ressuscitando o post...

      Bom, eu acho até que muita gente leu o post e se irritou na verdade. Mas tenho q confessar que o post em si não transparece o pouco de sarcasmo que achei q fosse ficar claro no texto. Enfim, sim a campanha teve muitos problemas sim, como muita gente falou que ficou largado, faltou publicidade, essa tralha toda. E tb não sei o q deu na cabeça dos donos da editora para fazerem isso.

      Enfim, se fosse outra editora, ninguém ligaria. Mas é a gente produzindo, então mesmo q estivesse 100% legal, ninguém iria colaborar pq nós não temos o direito de produzirmos algo bom na opinião sincera dessas pessoas. Todo mundo diz q colaboraria se estivesse legal. Se tivesse o livro colorido. Sinceramente, eu duvido da honestidade de 90% dessas declarações.

      Mas bom, agora o Muniz deve estar revirando a cabeça para conceber alguma ideia legal e viável para o projeto. Espero que a ideia miraculosa ocorra em breve tb.

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  12. "O consumidor brasileiro de RPG é uma espécie pitoresca. Ele quer ser fascinado, fisgado pelos produtos lançados. Mas de fato quer esperar sentado suntuosamente em berço esplêndido, ao som do mar e a luz do céu profundo para isto".

    Seria bom se fosse assim só com o RPG.

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