10 de novembro de 2014

World RPG Fest 2014: Relatório do Evento.


Antigos espíritos do blog! Transformem esta forma decadente em... Hayashi! O Postador ETEEERNOOO!

Saudações, pessoal.

Faz eras que realmente não posto nada aqui de novo, mas os motivos são os de sempre. Entre aggros aleatórios de meu trabalho e faculdade (e vida social quase inexistente), os trabalhos com a New Order andam puxando um pouco do tempo também.

Então, tal qual não foi minha surpresa quando o Manjuba me informou acho que uma semana antes sobre o World RPG Fest. A editora se ofereceu por pagar minha passagem, mas ainda assim, resolvi ir de bolso próprio para satisfazer uma experiência e sonho pessoal meu de muito tempo: Viajar de avião!

Novas experiências, viagens, emoção, aventura e nerdices. Neste episódio inédito, da Hayashi no Ie!



 Capítulo 1: A Ida

Tá, me chamem de jacu, bicho do mato, o caramba a quatro. Mas não, nunca tinha viajado assim até este evento. Assim sendo, lá fui cruzar as terras insólitas entre a Zona da Mata e os pampas do sul. Viagem super tranquila e rápida (embora eu tenha pegado um ônibus que engarrafou de Caxias até a Novo Rio, mas como esse trajeto foi feito de madrugada, nem dei muita atenção). Uma vez a bordo da aeronave da Azul no RJ, fiz uma escala em Campinas e cheguei em Curitiba até que bem rápido. Chegando lá, fui recepcionado pela minha gentil amiga de WoW Helô Hidaka (sim, ela também é asiática, assim como eu) que se dispôs a apresentar a esplendorosa cidade de Curitiba.

Capítulo 2: A Cidade

Eu e a minha "plima" Helô na entrada do Museu do Olho,
dedicado ao Niemeyer. E aquilo é vento. Não estou
virando Super Sayajin. Eu acho...
Sinceramente, Curitiba é fantástica. A cidade é IMENSA. É impossível explorá-la completamente mesmo que eu tivesse um mês só para fazê-lo. Não pelo seu tamanho. O planejamento dela é genial, o transporte público funciona e é bem suprido. O clima realmente é meio louco, mas juizforano algum reclamaria disso (nosso clima aqui é cheio de sol forte a parcialmente nublado acompanhado de tempestades magnéticas aleatórias intercaladas com invasões alienígenas e apocalipses zumbis). Há um monte de museus, murais de arte moderna e "street-art" por tudo quanto é lado, fora locais históricos, shoppings maneiros, livrarias igualmente gigantescas... Enfim, tudo isso num relevo muito mais plano do que a cidade construída por tatus e projetada por bodes como a em que eu moro.

Capítulo 3: O Evento

Vazio? Pequeno? Onde?
Voltei para a pensão em que fiquei hospedado totalmente exausto pela diversão, mas disposto a acordar cedo e ir ver qual era a do evento.

Um dos jardins japoneses que eu vi lá na PUC. E eu
achava ostentação o Arqui de SP ter um...
Aí começaram minhas perrelas. Ok, o táxi me deixou na entrada da PUC. Agora, onde na PUC seria o evento? Creia-me, os paranaenses parecem ter um problema contra lugares pequenos. É plenamente crível que alguém tenha se perdido da PUC e só tenha sido encontrado 40 anos depois. Tempo durante o qual o indivíduo conseguiu sobreviver de luz do sol, insetos dos jardins gigantescos e água das fontes (aquela joça tem pelo menos DOIS jardins japoneses). Após perguntar para os guardinhas que já estavam confusos porque o evento ocorreu simultaneamente ao ENEM, consegui descobrir e encontrar o ginásio (*tema de Pokémon ao fundo*) onde seria realizado o bendito evento. Primeiro pensamento meu a respeito: "Ah, vai ser um evento pequeno. Vai caber dentro de um ginásio!". Novamente, a estrutura lá dentro me surpreendeu. DEZENAS de stands das mais diferentes editoras de RPG, além de gente vendendo nerdices em geral, comidas, boards e cardgames, fandoms, airsoft, óculos rift e eu lá... Perdidão.

Achei pouca publicidade sobre o evento, ou menos dentro da PUC pouca (na verdade, quase nenhuma) sinalização de para onde eu deveria ir para o evento. Mas isso foi apenas um detalhe. O evento em si foi maneiraço!

Sim, eles tinham um DeLorean lá. 11 a cada 10 pessoas tiraram foto dele.
 Mas deu até mesmo para encontrar algumas celebridades por lá já no primeiro dia:
Eu entre o povo da Formação Fireball (de que sou fã), e o Anésio Vargas,
um dos editores lá da New Order. FOR THE HOOOOORDE!

 Capítulo 4: A Aventura


Mas consegui encontrar o povo da New Order, fui muito bem recebido, e já coloquei a mão na massa. Enquanto fazia a ronda preliminar pelo evento, o povo da editora arrumou jogadores para a mesa de L5R que eu deveria mestrar, e pude mostrar a eles como a tradução está ficando pela ficha traduzida. Claro que nem tudo fez sucesso, mas tudo ainda está sujeito a mudanças.

Embora eu preferisse pra caramba uma mesa de novatos em L5R, não foi este o caso. Um dos quatro jogadores conhecia bastante o cenário, enquanto outro conhecia mais ou menos. Mas lá fomos nós. Eu resolvi usar a aventura que vem no livro básico, O Campeonato dos Samurais. Ela pode ter muitos defeitos, mas acho que consegue passar legal como funciona o sistema, e que a pegada de L5R não é sair por aí estourando monstrinhos indefesos. Resolvi manter a aventura tal qual está no livro até o ponto em que Asako Shizu morre. Dali para frente, algumas mudanças ocorreram. Shiba Reikun acusa Mirumoto Rai do assassinato, mas este não pode se defender porque seu álibi evidenciaria seu relacionamento proibido com Doji Aiko.

A mesa de L5A rolando.
Mas os jogadores mandaram muito bem investigando e fazendo as perguntas certas aos kamis, acabaram livrando a cara do Mirumoto e da Doji enquanto a Utaku do grupo (interpretada pela Helô) se ofereceu como bode expiatório do escândalo. Para manter as aparências, foi "criado" um casamento arranjado dela com Mirumoto Rai. "Desvendado" o mistério, Shiba Reikun fica com cara de pastel acusando um cara erroneamente. Assim, furioso, ele parte para cima de Rai sem mais nem menos. Não fosse pelo Bushi Hida do grupo, que apesar de não ter feito muito no resto da aventura, decide interceptar o ataque com seu Iaijutsu (e eu sempre me perguntei pra que raios ele tinha colocado isso na ficha), sacando a espada e atacando no mesmo ímpeto. O resultado de danos foi tão monstruoso que Reikun teve que queimar Pontos de Vazio para não morrer ali mesmo.

O pessoal me pareceu ter curtido bastante a aventura. Mesmo com essas mudanças e incrementadas que fiz. Assim como eu curti pra caramba o evento e a mesa. Principalmente por ter ficado um tempão longe do RPG prático como um todo. Enfim, gostei bastante do evento e teria me divertido muito mais se pudesse ter ficado mais outro dia. Recomendo bastante a quem puder ir, e certamente estarei lá ano que vem!

Capítulo Final: A Volta e Conclusões

Meu processo de retorno às selvagens terras de Juiz de Fora foi mais complicado. Para começar pela espera de DUAS HORAS no Aeroporto de Campinas por uma escala que não chegava nunca com um wi-fi cataléptico. Fora isso e a tórrida recepção habitual do infernal calor carioca e juizforano, foi tudo muito bem. Alguns outros percalços também ocorreram, como eu quase ter perdido o celular com as fotos do evento no ônibus para JF, mas tudo acabou bem.

Acabou que não consumi relativamente muito no evento. Alguns títulos que eu queria realmente comprar (como A Fita da Retropunk) não estavam lá. Mas ainda assim, aproveitei bastante.

Aqui vai aquilo que acabei comprando por lá:
Lista de drop do evento: Um Minion de pelúcia para
minha irmã (minha Malvada Favorita XD), o Love Letter
versão L5R e uma camisa à-la-Goku. Que espero
usar em breve!

Um comentário :

  1. Excelente diário de viagem. Fico imensamente feliz em saber que o Supremo Senhor Kayo do Rokugan no Brasil está trabalhando no projeto de tradução. Ai senti firmeza.

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