23 de abril de 2013

Uma Nova Renovada Jornada do Heroi... E WoW


Saudações, visitantes.

Bom, como já foi dito aqui em outro post, um dos motivos (ou paliativo ao mesmo problema) que tem me afastado do RPG de mesa é um recente vício em MMOs. De Champions a World of Warcraft, tendo uma breve passagem pelo fenomenal Star Wars: the Old Republic, acabou que tenho parado mais vezes no caça-níqueis eterno que é a franquia da Blizzard.

Os motivos para isso são vários, desde o saudosismo da época em que Warcraft recriou o gênero de estratégia com seus orcs e humanos, até a vasta gama de personagens cativantes como Arthas, Jaina, Thrall e Vol'Jin. Realmente entendo que muitos fãs do gênero têm desanimado com certas... "Impropriedades" que foram cometidas com o lore da franquia enfiando "pandas" num negócio que deveria ter uma aura de "seriedade" trágica (o que é estranho, já que os pandarens estavam lá desde Warcraft 3 e ninguém implicava com eles lá). Fato, tenho achado tais "aberrações" muito menso traumáticas do que o que o storyteam de L5R tem aprontado atualmente. Isso, somado ao fato de poder reunir meus amigos muito mais frequentemente pelo Raid Call do que numa mesa de RPG também ajuda bastante. Mas o que venho de fato falar aqui, não está nisso tudo.


Lobo, da DC Comics: Para quem "politicamente incorreto"
é apelido
Já não é de hoje que temos sido afetados (positivamente ou não) pelo conceito "revolucionário" deheroi bem diferente do que estamos acostumados a imaginar tipicamente. O "fun factor" dessas recentes franquias parecem estar atrelado simbioticamente ao conceito de "heroi babaca". Sarcasmo, cinismo, esperteza e ardilosidade parecem ser ingredientes inerrantes para criar uma história de sucesso em nossa contemporaneidade. Mas, como já disse, isso nem de longe é recente. O conceito de anti-heroi é praticamente isto, e suas origens mais modernas estão nos comics americanos dos anos 80 e 90. Indivíduos que se distinguem da massa (nisto, sendo considerados herois) mais por serem politicamente incorretos e protestarem contra um sistema ineficiente vão desde Stan Lee a Alan Moore. Mas, mais atualmente, o que temos visto é a explosão epidêmica de sucesso que tem sido a franquia de George Martin e seus "jogos de tronos", graças principalmente ao clima predominante de uma constante paranoia onde ninguém confia e ninguém e o pescoço de qualquer um próximo é passível de se tornar degrau para conseguir seu objetivo.

Mas, voltando a Azeroth, creio que toda essa vertente em pouco tem afetado o cenário. Mas, recentemente, em conversa com meus amigos também participantes de tal mundo (sim, estamos aguardando ansiosamente todas essas novidades prometidas no 5.3), chegamos a uma conclusão interessante sobre o tão polêmico orc que 11 a cada 10 jogadores de WoW odeiam: Garrosh Grito Infernal.

Príncipe Arthas: ex-Paladino
corrompido por uma espada e uma
ideia retardada
Garrosh Grito Infernal.
Tentando sorrir para
a foto
Para quem não sabe da história, basicamente Garrosh assumiu o posto de chefe guerreiro da Horda e tem imposto sobre todos os seus integrantes um clima de conquista mundial cada vez mais frenético e até mesmo fanático. Tudo para servir a pouca coisa além de seu ego. A derrocada do chefe guerreiro, porém, está cada vez mais próxima, tanto por forças rivais da Aliança quanto por reacionários internos da própria Horda, descontentes com seus mandos e desmandos belicosos. O que achamos interessante, porém, é que parece que ninguém notou como o conto da derrocada de Garrosh tem lembrado e muito o de outro heroi caído da facção rival. Tanto Garrosh quanto Arthas Menethil, posteriormente conhecido como Rei Lich (comandante supremo das forças de mortos-vivos do Flagelo. Sua "queda" e renascimento como Cavaleiro da Morte são os principais pontos de história de Warcraft 3) foram herois corrompidos graças ao fanatismo com que perseguiam seus ideais. A expansão ambiciosa de Garrosh é tão desmedida quanto o ódio de Arthas pelos seus inimigos. Essas mesmas paixões exacerbadas é que acabaram causando tantos conflitos assim.

Sinceramente, creio que este seja um dos principais motivos para tanto fascínio para com a capacidade que WoW de criar identificação com seus personagens. Frase que já está virando clichê na franquia: "Em WoW, não há lado bom e lado mau (salvo talvez pelos antagonistas eternos, como a Legião Flamejante). O que há são diversos tons de cinza nos dois lados". Mas creio que essa tendência (que também não é tão original assim) de criar vilões que na verdade eram herois que se deturparam uma alternativa muito boa para quem não gosta tanto assim dos "herois satíricos". O que acho ironicamente coincidente, é que tudo já estava presente nas CTL (com seus príncipes negros e o próprio sumo-sacerdote de Charchadrax. Tá, beleza. Nem todo príncipe negro era exatamente um heroi, mas acho que deu pra sacar a ideia), só que ninguém ligou...

2 comentários :

  1. Pois é meu amigo, porém muitos jogam somente para "upar" os personagens, não prestando atenção em toda a história que permeia o mundo de wow. Até tentei jogar wow de modo "light", interpretando o char, mas não deu certo. Com isto estou a um tempo longe do jogo, mas quem sabe num futuro próximo.....

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    1. Coisa q meus amigos me ensinaram: lore é para ser feito com personagem secundário. Mas isso tb não me impede de procurar vídeos, clips e tantas outras tralhas q pessoas ainda mais desocupadas do q eu produzem para deleite de outros fãs.

      Mas sim, admirava a história de Warcraft desde o 2. O livro da Devir tb é uma ótima fonte, embora desatualizado.

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