9 de julho de 2010

Contos de Rokugan: Samurais

Continuando com os contos que ando escrevendo ultimamente, dessa vez decidi me direcionar um pouco para Rokugan. Assim como as Crônicas do Peregrino, essa história talvez continue, pois tenho algumas idéias de como evoluí-la a uma saga.

Ah, sim. Caso você não conheça nada sobre Rokugan ou Legend of the Five Rings, bom, algumas noções básicas:

1) Embora Rokugan se pareça bastante em muitos aspectos com o Japão, ela não é o Japão. E sim uma versão fantástica em proporção similar à Europa e os mundos típicos de D&D.

2) Rokugan é um Império, e este Império é dividido em oito Clãs Maiores, cada qual com território e responsabilidades próprias para o bom andamento de Rokugan. Assim, embora muitos possam divergir bastante em alguns aspectos, todos eles falam a mesma língua e compartilham de interesses comuns. Esses clãs se subdividem em Famílias, de onde originam os "sobrenomes" dos samurais (que na verdade, vêm na frente do nome, assim como nos EUA).

3) Clãs Menores são agrupamentos de samurais que se destacaram e mereceram o direito Imperial de reclamarem determinadas terras para si e formarem ali um Clã Menor. Como se supõe, seu poder é bem menor do que o de um Clã Maior, que foram fundados pelos irmãos e irmãs do primeiro Imperador.

4) "Samurai" é um termo bem amplo para a nobreza de Rokugan. Eles podem ser bushis, shugenjas ou cortesãos, basicamente. Bushis são os guerreiros do Clã, normalmente identificados pela katana em sua cintura, acompanhada pela wakizashi. Shugenjas são sábios, sacerdotes e magos dos Clãs, responsáveis pelos estudos filosóficos (e metafísicos), religiosidade e transmissão e armazenamento dos saberes do seu Clã. Cortesãos são políticos, diplomatas, emissários e negociadores de seus Clãs, que certificam que seu Clã cumpra seus objetivos através de acordos, trâmites e conspirações.

Bom, sem mais delongas (e esperando que esse bla bla bla todo tenha servido de alguma coisa), eis aí o conto.


Contos de Rokugan: Samurais
Mitsu Ama no Mura, o vilarejo dos três pescadores, como era conhecido, se instalava na desolada margem do Rio dos Três Lados, em território do Clã Leão. Embora fosse uma importante fonte de comércio fluvial, muito disputada pelos três Clãs que ele permeia, o mesmo interesse não parece ser compartilhado aos vilarejos que o margeiam. Pelo menos era isso que pensava Yoritomo Yousai depois de um largo gole de sakê. Sua vida como navegador não era má. Ele recebia os deveres de guardar e proteger as entregas que o clã Mantis lhe atribuía. Ele cuidava para que nenhum pirata ou desastre natural impedisse o carregamento. Por sua vez, isso lhe rendia alguns kokus a mais e bons créditos em quase todo Clã do Império. Mais do que isso, essas viagens o tiravam do marasmo de uma vida burocrática, verificando relatórios e contratos comerciais num escritório em alguma grande cidade por aí. Viver velejando pelos bravios mares e rios de Rokugan já colocou seu pescoço em risco várias vezes. Yousai ergueu um copo a Suitengu, Fortuna do Mar e brindou a isso. Com seus lábios tocando o copo, ele também se lembrou de Isora, Fortuna das águas costeiras. Ele pensou melhor e resolveu levantar novamente seu copo, esperando não enfurecer a outra divindade. Este não era o melhor sakê que ele já provara na vida, mas, para um Clã tão distante dos hábitos ébrios, até que ele não era mau. O mesmo podia ser dito da casa de sakê em que estava, e de todo o vilarejo. Era feito de casas humildes, e seus pescadores e artesãos eram pessoas muito humildes. Um vilarejo tranqüilo, afinal. Isso parecia ideal para Yousai finalmente ter um merecido descanso. Havia poucas mesas na casa. Já estava anoitecendo, e algumas velas lutavam bravamente para tornar o local pouco além de uma cálida penumbra, enquanto o aroma de peixe seco e da brisa do rio embalavam o ambiente a uma calmaria muito agradável.

Como a maior parte dos samurais de seu Clã, Yoritomo Yousai era um homem simples, de hábitos simples e opiniões simples. Seu porte era atlético, o que transparecia ainda mais pelos braços que saíam do colete verde gasto que sempre o acompanhava. Algumas faixas de pano se amarravam à testa e aos pulsos, exibindo o verde característico do Mantis, para reter o suor. Seus cabelos eram aparados, mas sempre bagunçados e rebeldes pelo vento e maresia. Seus olhos estreitos se espremiam ainda mais nos freqüentes rompantes de riso a que era inclinado. Apesar de relativamente jovem para o seu posto, Yousai deixava crescer um cavanhaque, esperando que ele lhe desse um ar mais experiente e sagaz. Ele tinha um barco, sua tripulação espalhada por algum outro recanto do vilarejo ou pelo convés, e o dever cumprido. Isso, e o direito de gastar seus kokus como bem entendesse era tudo que ele precisava para se considerar um homem feliz. A segurança dessas mercadorias garantia que o Império continuasse próspero, e pacífico, já que assim não haveria tantos motivos para que os cortesãos se esfaqueassem por acordos não cumpridos.

Ao redor de Yousai, todos pareciam homens bem simples. Mãos calejadas pelo trabalho na terra, ou com peles enrugadas pela lida nas águas durante dias e dias. Deveria ser por essa hora que todos cessavam suas atividades para se recolherem às suas casas. Até nisso os Leões são disciplinados, pensou Yousai. Mal era possível notar que os olhares ao mon1 do samurai ocultavam demasiado respeito, fazia fugir os olhos e levemente acelerava as respirações dos outros clientes. Houvesse reparado, o experiente marinheiro do Mantis reconheceria esse comportamento como medo, mas ele pouco fazia questão. Estava mais interessado em desfrutar da refrescante brisa, do sakê razoável e da tranqüilidade. Então ouviu-se um tapa sobre a madeira.

Os olhos de Yousai se abriram num relâmpago, seus músculos retesados como se lançasse à batalha. Ele procurava pela fonte ao seu redor. Encontrou a raiz do medo.

Eram samurais do Leão, facilmente reconhecíveis pelos tons de marrom e bronze em suas armaduras pomposas. Um deles estapeou o balcão, esbravejando pedidos à atendente que se empalidecia de medo, tentando em vão se esconder atrás de uma bandeja de madeira. Outros dois soldados continham um sádico riso assistindo a tudo. Terminado o espetáculo trovejante, os três se sentaram à mesa, com o ar garboso que lhes era característico. O Leão provavelmente estaria enfrentando novos conflitos fronteiriços com o Clã Unicórnio, e pelo humor dos soldados ali presentes, não estavam levando a melhor.

A jovem atendente que há pouco temia pela própria vida atrás do balcão tentava evitar estabelecer contato visual com os samurais de seu próprio Clã. Ela carregava ainda trêmula mais uma garrafa de sakê para a mesa de Yousai, que acariciava os bigodes em antecipação a uma ocasião desastrosa. Tamanhos eram o temor e nervosismo da jovem que ela nem percebeu o pé propositalmente deixado em seu caminho por um dos soldados do Leão. Um curto grito de susto foi acompanhado de um desastroso tombo. O trágico som da cerâmica se partindo só confirmou a Yousai que ele não beberia mais esta noite. A jovem se encolheu no chão, catando em vão os pedaços do frasco. Lágrimas de desespero e humilhação escorriam pelas suas bochechas. Ela não ousava tirar seus olhos do chão.

— Desastrada! Incompetente! Retardada! — Gritava o que parecia ser o líder daquele pequeno grupo de soldados — Você envergonha os ancestrais do Clã Leão com tamanha deselegância!

Yousai ponderou um pouco enquanto observava a situação. Todos fechavam seus olhos fervorosamente. Yousai nunca imaginou o Clã Leão como um povo religioso, mas ele chegou a acreditar que todos ali rezavam pela vida da jovem, ou pelo menos para que eles próprios não fossem os próximos alvos da fúria dos samurais. Mais do que isso, ninguém reagia.

Yousai então respirou fundo e se dirigiu até o grupo.

— Com licença, senhores. Creio que o maior prejudicado tenha sido eu. Era meu o pedido que a atendente carregava.

— Ha! — Bradou o líder do grupo. O cheio de suor e o mau hálito atacaram o olfato de Yousai quase tão intensamente quanto o homem atacava a moça há pouco. De onde estava, ele não pôde perceber o porte atarracado do “comandante”. Ele parecia ser um homem de meia idade. Era estranho que um homem dessa posição viesse para este vilarejo. Mais admirável ainda que se prestasse a freqüentar uma casa de sakê ao invés de comandar uma legião para qualquer Clã suficientemente azarado por estar em guerra com o Leão. — Vejam só, homens! Um camponês defendendo o outro!

Yousai respirou fundo, deixando passar as gargalhadas dos outros dois samurais. Essa era uma provocação muito habitual aos detratores do Clã Mantis. Apesar de sua origem simples como heróis do povo e como Clã Menor, hoje o Clã Mantis está em igual posição aos outros Clãs Maiores, embora muitos tradicionalistas não estejam contentes com isso. Esse era o caso desses três samurais.

— Para sua informação, Akodo-sama, — Respondeu Yousai, reforçando a seriedade em sua voz, após atentar para o mon na armadura dos samurais — Sou Yoritomo Yousai, emissário do Clã Mantis em suas terras. Seu comportamento é bastante ofensivo e inadequado para homens de sua posição.


Os samurais do Leão pareceram admirados com a resposta, mas retornaram à zombaria um instante depois.

— Pff! O camponês acha que está em posição de nos repreender, Mitsuo! — Iniciou o líder.

— Deve ser assim que os camponeses se comportam nas terras dele, Ukida-sama. — Respondeu o homem mais alto, atrás de Ukida.

— Ele deve ser disciplinado, companheiros. Ele nos agradecerá depois! — O sadismo escorria pelo sorriso do terceiro, que circundava Yousai estudando-o.

Yousai pensou em falar algo, mas a pancada em seu joelho veio primeiro. Ele tombou por sobre esta perna, e o homem atrás dele agarrou-o pelos cabelos e antes que percebesse, colocou uma wakizashi em seu pescoço.

— Essas não são suas terras, grilo. — Reforçou Ukida num tom de voz grave. — Aprenda a se comportar na frente de samurais de verdade.

Ukida deu um soco em Yousai que o fez rolar algumas vezes para o lado. Ele zonzeou, se levantou com as mãos com dificuldade, mas um chute atingiu suas costelas e o fez vomitar o ar de seus pulmões.

— Você se julga samurai, Mantis? Então onde está seu daisho2? O vendeu para pagar pelo resgate da vadia que o pariu? — Ukida zombou. Os outros dois riram com vontade.

— Não sou homem de tantas posses assim. — Respondeu Yousai, ainda examinando se todos os dentes estavam em sua boca. Ainda deitado, ele girou rapidamente, e com uma rasteira sutil derrubou Ukida. — E sua mãe não cobrava tão caro, Akodo! — Os outros homens estavam longe demais para reagirem, e agora era Yousai quem imobilizara seu oponente com uma kama afundando a pele do pescoço do general.

Houve um tenso silêncio. Os camponeses começaram a sair da casa, temendo que a situação se agravasse ainda mais. Os soldados esperavam ordens, e Ukida ainda tentava entender o que acontecera.

— O que foi? O gato comeu a língua dos Leões? — Indagou zombeteiramente Yousai, levantando seu rosto aos dois soldados, atônitos. Demorou um instante para perceberem que estavam em maior número e que se Yousai matasse um oficial do Leão em suas terras, era ele quem estaria em sérios apuros. Os dois soldados se entreolharam e iniciaram uma investida sobre o Mantis, mas um deles foi puxado para trás por um braço que se enroscou em seu pescoço, sua cabeça pareceu explodir no chão de tacos pelo barulho do impacto. O outro soldado se virou para ver o que era, e seu espanto era evidente. Ele tropeçou no movimento de corrida que iniciara, suas mãos buscavam o que fazer. Seu rosto empalidecera e ele estava indeciso se se curvava ou corria ou caía no chão para catar as sílabas que gaguejava.

— M-m-Ma-Matsu Hanari-sama!?

A mulher certamente sabia fazer uma entrada triunfal. Ela vestia uma armadura até o pescoço, com placas marrons que certamente careciam do brilho que já tivera em outros tempos. Seus rosto era plácido, como se aquilo fosse um banal evento cotidiano. Seus olhos deixaram o homem caído, se certificando que ele ainda respirava e passaram por Yousai, Ukida e chegaram até o outro soldado, ainda boquiaberto pela sua presença ali.

— “Chui3 Matsu Hanari-sama”, soldado! — Grifou a mulher em tom altivo, fazendo retrair-se o homem à sua frente. O soldado assentiu frouxamente, ainda assustado. — Rápido, relatório.

O homem pareceu não entender o pedido da tenente. Hanari pareceu se irritar, arregalando os olhos com sincera expressão de descontentamento.

— Eu lhe ordenei um relatório do que faziam aqui, soldado!

— S-si-s-sim! Nós viemos investigar uma p-patrulha do Unicórnio ao norte deste vilarejo. E paramos aqui para descansar nossos animais.

— E como com mil Fortunas você me explica seu sargento com uma kama no rosto? — Esbravejou Hanari.

— E-este Mantis insultou a honra de nossos ancestrais, Hana- Chui Matsu Hanari-sama. Íamos puni-lo quando a madame chegou.

O homem se levantara com dificuldade. Essas poucas palavras foram o suficiente para deixá-lo ofegante.

— Este Mantis "ofendeu a honra dos ancestrais do Leão" antes ou depois de Akodo Ukida ter ofendido a progenitora dele? — A voz de Hanari soava arranhada e cortante pelo seu alto tom. O soldado parecia não saber para onde correr. Hanari se virou para Ukida, ainda imobilizado sob o Mantis. — Ah, mas é claro que Akodo Ukida se vê no direito de “disciplinar” os camponeses de seu clã como lhe convém, não é?

— Matsu-sama eu-

— Você ficará calado, Akodo. Não lhe passei a palavra ainda! — Interrompeu Hanari. — Quisera eu que metade dos soldados do Leão fossem disciplinados como você pensa disciplinar os camponeses, Ukida. Teríamos menos covardes fora do campo de batalha. Yoritomo-san, por favor, pode sair de cima deste homem. Eles são responsabilidade minha agora.

Yousai obedeceu a Matsu com um sorriso nos lábios. Hanari olhou nos olhos do soldado que restara. Ela parecia dizer “grave isso. Lembre-se disso pelo resto de sua vida”. A chui finalmente parou de assolar o soldado com seu olhar e se dirigiu a Ukida.

— Você gosta de bater nos camponeses, não é, Ukida? Eles nunca reagirão, e se reagirem, você colocará seus soldados atrás deles para queimarem suas casas, suas fazendas, colheitas e o que mais puder destruir, não é, Ukida? — Hanari circundava o sargento como uma leoa estuda uma presa. — Afinal, este é seu pleno direito de nobre nascença, não é, Ukida? Manifesto diretamente pela maravilhosa Ordem Celestial! Sabe o que penso disso, Ukida? — Hanari continuou esperando uma resposta do Akodo. — Sabe o que penso de pessoas como você, Ukida? — Hanari gritou, ordenando uma resposta do sargento. Ele apenas balançou a cabeça dizendo um “não” fraco. Hanari desafiou o Akodo a olhar nos seus olhos de onde bravura e aço faiscavam — Você é uma vergonha para o Clã Leão, Ukida! Você é uma vergonha para o Império e para os seus próprios ancestrais! Você vai contra tudo aquilo que o Kami Akodo-sama representa!

— Matsu Hanari-sama, a senhorita está indo longe d-

— Eu não terminei! Um homem da sua estatura e com sua vivência deveria saber que sem camponeses, sem heimins4, o Império desmoronaria sobre si mesmo. As espadas em nossas cinturas devem ser ferramentas de exaltação da ordem, justiça e beleza do Império. Você entende como elas nos tornam superiores aos camponeses, não é, Ukida?

O homem contorceu seu pescoço, sua face não mais contendo a raiva que sentia.

— Não é, Ukida?! — Gritou Hanari, encostando sua testa à de Ukida.

— Sim! — Respondeu Ukida, com firmeza.

Hanari deu um passo para trás, afrouxou o nó que prendia suas espadas à cintura e as deixou em alguma mesa. A essa altura, toda a casa de sakê já estava vazia.

— Veja, Ukida! Eu não sou mais uma samurai-ko5! Não estou mais portando meu daisho. E então, sente vontade de me bater por acaso? Me jogar no chão, como aquela menina? — O rosto de Ukida ficou vermelho. Talvez por vergonha. Talvez por raiva. — Ou talvez coisa ainda piores que rondem essa sua mente doentia?

— Mesmo sem seu daisho, sua posição de chui dos exércitos do Clã Leão a destacam, Hanari-sama. — Respondeu Ukida.

— Vamos lá, Ukida! — Provocou Hanari, com os braços abertos. — Aonde foi o bravo Akodo Ukida de antes? O espancador de camponeses, degolador de ashigarus e violador de belas serviçais? — Hanari empurrava os ombros de Ukida, exigindo uma reação.

— Matsu Hanari-sama, com todo o respeito, suas provocações não me farão agredir um superior.

— Heh, — Hanari riu. — Então eu estava certa. Você é mesmo um fraco sem coragem de lutar contra um oponente de igual posição. Seu pai certamente ficaria orgulhoso no buraco do Jigoku6 em que se meteu. — Hanari virou as costas para Ukida, dando de ombros. — Deve ser por isso que nunca foi promovido.

Subitamente a raiva explodiu em Ukida, ele rosnou e partiu para cima de Hanari como uma fera descontrolada, já sacando sua espada. A Matsu, porém, se antecipou e interrompeu a corrida do Akodo com um golpe da base de sua mão que empurrou o queixo de Ukida de baixo para cima. Pelo estalo ruidoso, o osso foi deslocado, e Akodo Ukida caiu se retorcendo no chão, berrando porque doía e doendo porque berrava. Matsu Hanari calmamente saiu pela porta da casa de sakê, gesticulando ao soldado restante para que cuidasse de seu sargento. E seu olhar reafirmava “lembre-se disso, por toda a sua vida”.

Do lado de fora da casa de sakê, já era noite. Os grilos cricrilavam ao longe, em harmonia com os estalos da madeira nas fogueiras das casas. Matsu Hanari olhou por cima de seu ombro casualmente para notar que estava sendo seguida.

— Yoritomo Yousai. Definitivamente, precisamos parar de nos encontrar assim.
_____________________
1. mon (subst. masc.): Pequeno emblema normalmente circular próprio de cada Clã, Família e por vezes até mesmo escolas de Rokugan. Paralelos em diversidade e importância aos brasões europeus.

2. daisho (subst. masc.): Denominação dada ao conjunto de lâminas carregadas na cintura pelos samurais. São o símbolo de sua casta. Normalmente, bushis (guerreiros) usam a katana e a wakizashi. Shugenjas ("magos") e cortesãos usam wakizashi e tanto.

3. Chui (subst. com2.): Patente militar equivalente à patente atual de tenente.

4. Heimin (subst. com2): Tradução literal: "meio-humano". Casta social intermediária entre os samurais e os hinin (Tradução literal: "não-humano"). O termo amplamente designa camponeses, mercadores e artesãos e monges.

5. Samurai-ko (subst. fem): Feminino de samurai. Qualquer mulher pertencente à casta samurai.

6. Jigoku (subst. próp. lugar): Reino Espiritual considerado o paralelo ao nosso "Inferno". De lá emanam os males das Terras Sombrias. Amplamente usado em Rokugan erroneamente como o destino de todos os mortos.

9 comentários :

  1. Muito bem escrito, descrições precisas e diálogos marcantes. Parabéns pelo excelente conto.

    Acho que você devia participar do contos da blogosfera, um projeto que tenciona publicar os melhores contos da blogosfera rpgística nacional.

    Dê uma olhada em http://dragoesdosolnegro.blogspot.com/2010/06/projeto-contos-da-blogosfera-vai-reunir.html

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  2. Clérigo, fui lá. A idéia me parece super interessante, embora o conto q eu tenha escrito aqui em cima não me pareça atender à proposta que o povo sugeriu lá (me PARECE ser destinado à fantasia medieval "européia romantizada", algo mais próximo de D&D. Vejo poucas chances de se interessarem em "fantasia oriental), mas posso tentar assim mesmo.

    De qq modo, o RPG Vale me parece ter saído do ar e com ele o protocolo de entrada no projeto. Mas que a idéia é interessante, isso é!

    Tenho tido vontade de escrever coisas ambientadas no Points of Light, o cenário básico de D&D 4th, já pincelado (qse literalmente) pela hq q já esteve aqui no blog. Mesmo assim, em último caso, mando esse daqui mesmo.

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  3. Vc sabe q é um péssimo escritor de contos qdo....: Vc começa a errar os títulos das histórias q vc mesmo escreveu. As "Crônicas do Peregrino" passaram como "Crônicas do Andarilho" no tópico. Acabei de corrigir. XD

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  4. Muito bom gostei sim e pode participar sim!
    Vc não achou as regras no final do poste confira por favor
    http://dragoesdosolnegro.blogspot.com/2010/06/projeto-contos-da-blogosfera-vai-reunir.html

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  5. Erros assim acontecem com os melhores escritores. Como diria a música, don't worry, be happy!

    Espero que vc poste mais contos sobre Rokugan, pois sou fã do cenário, mas nunca consegui um grupo pra jogar L5R.

    A propósito, gostei muito da tradução que vc fez, mas não entendi porque vc pediu para o pessoal tirar da net...

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  6. Quero mais....

    Uma historia deveras interessante.
    Muito bem escrita e mostrando o que realmente há dentro de um leão.

    Espero em breve uma continuação, e quem sabe dessa vez se passando em terras do meu clan.

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  7. Já q o Demétrius não tá aqui pra protestar, protesto eu:

    Isto é uma blasfêmia! O Clã Leão é regido com dignidade, honra, presteza e dignidade pela Família Akodo, poderosos líderes, estrategistas, guerreiros e bastiões de retidão! A Família Matsu é de brutamontes ferozes que só servem pra algo útil sob a soberba supervisão de seus comandantes. Akodo Rules!

    Blz, eis o manifesto.

    Os contos visam abordar todo os Clãs do Império, pelo menos, mas, pra ficar mais interessante, alguns esteriótipos serão quebrados. Não todos, antes que isso vire um baile carnavalesco, mas acho q isso vai depender mais do rumo da história do q propriamente minha percepção do q o Império seja ou deixe de ser.

    Sair por aí quebrando esteriótipo a torto e a direito geraria um grupo formado por uma Utaku duelista, um Escorpião Berserker, uma Mirumoto cortesã acompanhados devidamente por um Hida shugenja cego e um Isawa que estudou na Escola de Bushis Kakita maneta com Luxúria.

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  8. Muito bom Hayashi! Agora ficamos a espera de novas história de Matsu Hanari e Yoritomo Yousai...

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  9. Na verdade, os Contos de Rokugan já vão até a Parte 3... Mas ainda não os continuei daí. Só dar uma buscada q eles aparecem fácil. ;D

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