Se colocarmos uma barra de HP e um contador de munição nessa imagem, o resultado não fica muito diferente de "Doom" na minha opinião. |
De certo modo, parece que o povo só se interessa quando a conversa está relacionada a RPG, traduções ou coisas do tipo. Ao que me parece, não muitas pessoas se interessam no estado psicológico (ou qualquer outro) em que o humilde poster deste blog esteja. Até agora, não tive nenhum pedido para os acessórios de MDF, o que praticamente jogou uma pá de cal sobre a idéia. As HQ's, com a Marianna doente (internada por dengue em algum momento desta semana) e com nenhum outro desenhista à vista, este é outro projeto em estágio terminal neste blog. Contudo, espero que nem todas as notícias deste post sejam más.
Ao contrário do que muitos possam imaginar, o trabalho de atendente é extremamente estressante (treinamento apressado, informações desconexas e consumidores dos mais diversamente birutas ajudam bastante para isso). Tanto, que talvez esta seja minha última semana trabalhando lá. Não tenho muitas expectativas quanto a atividades remuneradas futuras. Só sei que o deveria ser algo temporário requer um esforço muito maior que o que imaginei. Tanto que, segundo vim a formular recentemente, eu deveria me dedicar tão integralmente àquilo que praticamente não viveria para mais nenhuma outra atividade. De qualquer forma, esta novela ganha um desfecho na segunda-feira, quando verei se me demito, ou continuo nesta insólita odisséia rumo a cada vez mais longe ao que pretendia trabalhar inicialmente.
Sim, ser artista no Brasil é quase pedir para morrer de fome, já diriam os músicos do Pedra Letícia, mas, sinceramente, não me imagino fazendo qualquer outra coisa e sendo feliz. O RPG também é uma atividade dúbia nesse sentido. Mesmo os autores mais bem sucedidos por aqui se dedicam a atividades paralelas mais rentáveis. De qualquer forma, estou cada vez mais convicto de que não sirvo para passar raiva, ter meus nervos destroçados e meus cabelos arrancados durante sete horas diárias, por cinco dias por semana, valha a pena para mim. Pelo menos não por menos de R$ 500.
Está aí meu impasse do presente. Ou desistir de tudo que sou, fui e quis ser por "tão pouco" (mas que por outro lado é bem melhor que o "nada" que já tive até agora) ou realmente chutar o pau da barraca e bancar o punk rebelde e ir lutar realmente por aquilo que eu goste e acredite mesmo que isso se mostre cada vez mais "pregar no deserto". Este não é um post que pede opiniões. Mas preciso de conselhos.
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