8 de novembro de 2011

L5R 4th: Fictions de "The Great Clans" 7 (Fênix)

Olás em área, visitantes!

Continuando a continuar com as fictions das aberturas de capítulos do The Great Clans, hoje tenho o prazer de lhes apresentar o conto que abre o capítulo clã mais legal, poderoso, épico, fantástico, belo, forte, humilde e sincero de Rokugan: A Fênix.

O conto, embora curto, fala de um dos (talvez o) meus personagens prediletos do Clã.

O capítulo em si vale bem a pena por conter várias informações para entender a em não raras vezes estonteantemente confusa história do Clã Fênix. Afinal, o que é o Último Desejo de Isawa? Shiba morreu mesmo? O que são os Asako Henshin? E de lambuja, ainda temos uma caixa de texto contendo os "Dooms" de cada clã, que são trechos das profecias de Isawa Uikku, o profeta louco que acredita-se ter transcrito nestes textos como cada clã de Rokugan terminará no fim dos tempos.

De modo geral, é algo que vale uma passada de olho. A Escolas novas também são uma boa. Embora tenham segurado o Asako Henshin exatamente naquilo que ele tinha de mais legal (reduzir Anel de Terra), o Asako Inquisidor ficou bem legal na minha opinião.



Isawa Tadaka ajustou o pedaço de pano preto que cobria a metade inferior de sua face e suspirou levemente. Os corpos dos camponeses jaziam ao longo da estrada, o fedor de sua carne putrefata enchia seu nariz apesar de seus esforços. Seus corpos estavam rasgados e mutilados, e o Mestre da Terra reconheceu os sinais da Mácula de suas feridas infectas. Ele concentra sua mente e sussurra uma rápida prece aos kamis, buscando saber o que fez esta atrocidade. Ele esteve seguindo sua presa por semanas, e esta pode finalmente ser a chance. Os kamis da Terra o respondem, indicando-o o caminho para seu inimigo, e ele caminha com pesarosa determinação.

Por todo o Império, a Guerra dos Clãs se enfurece. Homens se viram contra os outros e males de todo tipo vagam livres. O Mestre da Terra sabe que seu próprio clã não está livre das trevas, nem ele. Ele sacrificou a pureza de seu corpo e alma, abandonou a defesa de seu clã. Pior ainda, ele abandonou sua yojimbo e amada, Shiba Tsukune. Pensar nela o fez segurar firme o pingente abençoado pendurado em seu pescoço. Um incômodo incomum percorre sua mão, pois a Mácula que ele carrega está lentamente transformando seus dedos em pedaços de rocha. Ele ignora a sensação e se concentra no pingente, sentindo seu gêmeo distante, que ele deu a ela como presente. Ela está segura, ele percebe, onde quer que esteja. Isso lhe dava forças para prosseguir um pouco mais.

O preço do conhecimento foi de fato alto, e ele o pagará no devido tempo. Tadaka não tem ilusões quanto ao seu destino cabal; ele só espera morre antes que a Mácula o reclame. Mas talvez ele tenha descoberto o bastante, ganhado tempo suficiente, para salvar o Império do crescente poder de Fu Leng. Se ele conseguir apenas isso, ele de bom grado entregará sua alma para Emma-O julgá-la.

Pois agora ele tem trabalho a fazer. Os kamis da Terra continuam sussurrando para ele, guiando seus passos a uma caverna fora da trilha. Suas baixas vozes murmurantes o confortam; ele normalmente considera suas companhias mais agradáveis que a de seres humanos com todos os seus ruídos e tolices. De alguma maneira ele se tornou parecido com os kamis que manuseia: resistente, direto, resoluto. Com a ajuda dos kamis ele poderia erguer montanhas, destroçar seus inimigos e resistir à Mácula que agarrou-se à sua alma.

O som de suas sandálias ecoa pelas paredes da caverna quando caminha para dentro dela. Ele murmura uma prece aos kamis do Fogo e uma pequena bola de luz acende em sua mão, atravessando a escuridão da caverna. Há ruídos à frente, sons inumados e grunhidos, e Tadaka tira força da pedra à sua volta quando se enrijece para o confronto. Enquanto homens e feras nunca perduram, você é eterno, ele reza. Conceda-me agora uma pequena parte de sua eterna força.

A luz trêmula dos kamis do fogo o mostram uma caverna cheia de ruidosos e desordeiros goblins. Ao longe, sobressaindo deles, uma forma demoníaca delicia a carne de um camponês morto. Três línguas flamejantes tremulam de sua mandíbula, rasgando sua refeição profana.
“Cria de Akuma,” sussurra Tadaka. “Você que profana o nome de meu ancestral.” Seus olhos brilham em verde enquanto ele rosna preces e os kamis da Terra o respondem com fúria. Os três olhos do oni queimam com fúria quando ele joga sua refeição fora e se levanta em sua plena altura, sua cabeça arranhando o teto da caverna.

“Humano tolo,” rosna o oni, flexionando garras do tamanho de facas. “Você não pode vencer. A guerra está terminada. Logo Fu Leng caminhará livre entre os mortais e todos se dobrarão ao seu poder!”

Em resposta, um kanji de pura luz verde aparece abaixo dos pés de Tadaka, e raios de luz se espalham a partir dele pelo chão. Os goblins fritam em cinzas quando o poder da jade os atinge. Tadaka caminha para perto do demônio que usa o nome de seu ancestral, e sorri por baixo de sua máscara de pano. Suas mãos se unem num sinal de prece. “Você não entende. Não vim aqui por vitória — tal coisa é irrelevante, pois você é apenas uma fraca sombra do verdadeiro monstro.” Seus olhos brilham em verde de novo e imensas pedras saem do chão, voando em direção ao demônio enquanto ele ainda investia. A tempestade rochas o joga para trás e o prende na parede atrás dele. Antes que possa se libertar, Tadaka brada um alto kiai, e as pedras racham sua camada externa para revelar interiores de jade e cristal. O monstro se debate quando a energia sagrada se espalha pelo seu corpo, paralizando-o.

“Como eu dizia,” murmura Tadaka, caminhando em direção ao oni, “Não vim aqui pela vitória. Embora ela certamente viria, cedo ou tarde.” O demônio geme e se contorce dentro da luz brilhante da jade, tentando fugir do pequeno homem que se aproximava. “Não, eu vim por conhecimento. Portanto, demônio, diga-me tudo que sabe sobre o retorno de Fu Leng. E diga-me como posso encontrar seu criador, o Lorde Oni Akuma. Diga-me isto, e eu garantirei que sua viagem de volta ao Jigoku seja rápida.”

Um comentário :

  1. Show!
    As histórias da época da primeira edição sempre parecem melhores.

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