Espada e escudo, luz da Pedra Estelar,
brilhante farol em nosso lutar,
para a justiça, honra e verdade levar
que o mal tema: o verdadeiro Cavaleiro Estelar!
brilhante farol em nosso lutar,
para a justiça, honra e verdade levar
que o mal tema: o verdadeiro Cavaleiro Estelar!
- Juramento dos Cavaleiros Estelares
Saudações, pessoas da Internet!
Bom, estou postando um pouco mais cedo que o previsto para a seção Gempukku, mas creio que o assunto valha a pena.
Enquanto a mesa de L5R não é formada totalmente, tive a sorte de entrar para as duas mesas de M&M do Fox, ambas ambientadas nos núcleos do Freedom-verso. Em uma delas, jogamos com personagens de NP 6, 90 pontos, com heróis adolescentes, alunos da Academia Claremont; e em outra, com heróis propriamente ditos de NP 10, 150 pontos, que são membros pelo menos em potencial da Liga Freedom. Como não podia deixar de ser, não deixei passar a oportunidade de vestir o traje metálico dos Cavaleiros Estelares. Fato, não cheguei a interpretar o Sri Nigels (todo Cavaleiro Estelar tem o "codinome interno" com a patente 'Sri' antes de seu sobrenome) tanto assim, e espero falar dele propriamente em outra oportunidade, mas ultimamente as idéias têm jorrado em relação a coisas legais para esses personagens. Talvez, eu disse TALVEZ, eu até escreva um "web-fan-book" falando das idéias que tenho para os Cavaleiros, a Cidadela, o Mentor e os trocentos plots possíveis de se arrumar com os maneiríssimos tiras espaciais enlatados.
Abaixo, vai o que imagino que será o conto de abertura deste livro. Boas festas a todos e que a luz da Pedra Estelar esteja com vocês!
PS.: Por mais legais que eles sejam, ninguém merece esse "mullet" na armadura. Tanto que tirei ele na hora de rascunhar meu personagem por aqui.
Diário do Cavaleiro, Data Estelar 24819-003
Relato por meio desta que, perseguindo o Cavaleiro Estelar renegado Rojan Lhar (alcunhas: Estrela Negra, ex-Sri Lhar), perdi seu rastro próximo ao terceiro planeta do sistema solar Cyara Vega-18, chamado pelos nativos de Terra. Infelizmente, dei-me conta que o foragido já estava mais acostumado à cultura nativa do que antecipava, e assim, ele facilmente se escondeu na civilização terráquea. Não tive escolha se não fazer o mesmo, esperando por uma pista que me colocasse de novo no rastro da desgraça da Cavalaria.
Com o devido respeito ao Código dos Cavaleiros, no qual medito diariamente e diante do qual sempre fui visto como irrepreensível, devo acrescentar que jamais me deparei com uma cultura tão persistente em seus próprio retrocessos. Os assim chamados “humanos” são um povo belicoso, tecnologicamente atrasado a ponto de celebrarem com tamanho entusiasmo uma corriqueira viagem ao seu satélite natural. Eles também são extremamente belicosos, guerreando entre si próprios por motivos fúteis, mas com entusiasmos que certamente fariam jus a muitos Grues. Embora se mostrem incapazes de enxergar as riquezas de seu planeta, eles se mostram extremamente eficientes em destruí-lo, seja pelos mais diversamente criativos meios poluentes ou com dispositivos guerris que eu mesmo não cri quando ouvi a respeito. Contudo, o Código me obriga a respeitar sua cultura. Nesta postura, não incluirei aqui minha total desesperança em relação à permanência desta espécie no cosmo por muito mais tempo.
Tão logo me dispus a estudar a cultura terráquea, na ínfima esperança de que tivessem ao menos um grão de informação útil aos bancos de dados da Cidadela, percebi que não há apenas uma cultura terráquea. O atrasado povo terráqueo se divide ainda em diversas tribos, cada uma falando um idioma e defendendo o mais ferrenhamente possível seus territórios natais. Ao fazê-lo, exibem orgulhosas suas ridículas máquinas de guerra que mais destroem seu próprio lar do que seu pretenso inimigo. Eles parecem incapazes de enxergar o óbvio de que pertencem todos à mesma espécie, e que se querem guerras de verdade, há centenas de nações alienígenas que adorariam varrer este planeta dessa espécie lamentável e tomar para si seus recursos naturais, por sinal, muito diversos e ricos.
Contudo, também dou nota dos motivos pelos quais escolhi permanecer nele todo esse tempo.
Lembro-me de ter aportado neste planeta numa região gélida, próxima a um dos seus pólos. A assinatura energética da armadura de Rojan não mais constava em meus sensores, quando notei veículos de guerra nativos se aproximando. Não sabia quem eram, ou se estavam atrás de mim, notando minha entrada não autorizada em sua atmosfera, mas o fato era que da outra direção, vieram tantos outros terráqueos, estes, sem máquinas de guerra, e se opuseram aos outros apenas com seus próprios talentos fisicamente limitados. Pensei que tais humanos há muito tivessem rompido as raias da débil loucura, quando só depois entendi que possuíam naturalmente força descomunal, invulnerabilidade aos projéteis metálicos de seus adversários e alguns emitiam poderosas rajadas energéticas. Tranqüilizo o Mentor ao dizer que felizmente nenhum desses armamentos naturais sequer se compara às armaduras da Cavalaria.
Ainda me mantinha observando os nativos, e estudando seus modos de combate. Ao que me parecia, tudo que faziam levava lamentavelmente à guerra e à destruição. Creio que se algum indivíduo da Unidade Grue testemunhasse tudo o que eu vira até agora, certamente abandonaria o planeta, simplesmente. Não seria necessária qualquer invasão a este povo alienígena para que o destruísse. Certamente, ele o faria por si só em questão de tempo.
O confronto foi bem mais breve do que eu antecipava, e assim que o lado desprovido de máquinas venceu seus rivais, me deparei com uma visão miraculosa. O líder deles, notavelmente identificável pela placa peitoral dourada que ostentava, apesar de sua força titânica e fúria em combate avassaladora, tomado por uma gentileza que prezo em não descrever como angelical, conferiu um a um seus rivais feridos. À medida do que podia, ele se encarregou de prestar os primeiros socorros àqueles que podia salvar, e lamentava com irradiante sinceridade os que não podia. Por aquele momento, cheguei a pensar que ele mais do que ninguém compreendesse a tristeza sem limites que o cosmo sente quando um mundo, por mais insignificante que seja, é destruído. Por aquele momento em diante, eu passei a ter esperança na raça humana. O nome daquele terráqueo cujo poder não cegara sua compaixão era Centurião. E por mais que a Cidadela tenha me ensinado a ser um Cavaleiro Estelar, ele me ensinou a ser um herói.
- Sri A’lan Koor
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